Após ter desistido do seu processo de IPO em meados de julho, a CSN planeja relançar a abertura de capital da empresa na B3 em outubro. O movimento foi incentivado pela compra na quinta-feira (9) dos negócios de cimento e concreto no Brasil do grupo Holcim, por US$ 1,02 bilhão.
Com o IPO, que havia sido suspenso em razão das condições pouco favoráveis para o mercado no período, a cimenteira pretende levantar R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões. O valor será usado para custear seu plano de expansão.
“Agora, após as compras dos ativos da Cimento Elizabeth e da Holcim, a CSN Cimentos ganhou novo patamar de escala de produção, sinergias comerciais e de logística e grande posicionamento de mercado no país”, disse o diretor financeiro e de RI da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Marcelo Cunha Ribeiro. “O IPO ficou ainda mais provável”, afirmou.
Os recursos serão divididos: uma parte irá para o pagamento de metade do valor da aquisição, o que impede a CSN de ter que realizar um aporte de capital na controladora. O resto servirá de suporte para dívidas – primeiramente, será pego um empréstimo-ponte assegurado pelo BNP Paribas, banco que garantiu a empresa na transação. Esse empréstimo, mais para frente, será trocado por emissões de debêntures e/ou certificados de registro imobiliário (CRI).
“A empresa, hoje, não tem nenhuma dívida”, destacou o executivo.
Segundo ele, a CSN Cimentos já engata um ritmo de R$ 2 bilhões de receita anual.
Em relação a Holcim, sua receita prevista para este ano é de R$ 2,5 bilhões. A companhia vende cerca de 6,5 milhões a 7 milhões de toneladas, além de concreto e agregados.