A Arezzo estaria interessada em comprar o Grupo Soma, conforme rumores divulgados na semana passada (veja aqui). Entretanto, as companhias negaram a suposta união.
Por meio de fato relevante, a Arezzo informou ao mercado e seus acionistas que tem como objetivo de se firmar como uma “house of brands” – uma estrutura de uma única marca que engloba todos os produtos da empresa – através do crescimento orgânico de suas marcas e também por meio de aquisições. A companhia destacou ainda que não contratou assessores financeiros e não assinou qualquer tipo de documento ou proposta do Grupo Soma.
O Grupo Soma, em seu posicionamento, relatou que seus planos de crescimento não possuem nenhuma atividade com a Arezzo neste momento.
Com a notícia sobre um possível avanço em uma combinação de negócios, na última quinta-feira (3), a ação do Grupo Soma chegou a disparar 12,66% e a da Arezzo teve ganhos de até 7,53%. Mas por que a hipótese da combinação de negócios movimentou o mercado?
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Segundo uma análise da XP Investimentos sobre a potencial combinação, a operação seria provável por meio de uma fusão devido ao valor de mercado da Arezzo ser menor do que o do Grupo Soma, R$ 7 bilhões e R$ 12 bilhões respectivamente.
A XP apontou também que o cenário mais viável para a suposta união seria a criação de um novo bloco de controle no mesmo formato que o Grupo Soma já faz atualmente.
“Nós não vemos incentivos para os controladores do Grupo Soma desinvestirem do ativo uma vez que vemos muito valor ainda a ser destravado pela reestruturação da Hering e expansão da NV/Farm Global”, sinalizaram os especialista da corretora. “Apesar de vermos desafios em relação ao momento e governança, uma possível estrutura da Nova Co. seria a divisão da AR&Co. em feminino e masculino”, destacaram.
A Arezzo registrou um lucro líquido de R$ 81,8 milhões no terceiro trimestre deste ano, valor que corresponde a alta de de 192,6%, na comparação com aos ganhos de julho a setembro do ano passado (R$ 27,9 milhões).
