Há mais de dez anos no mercado, a Jive Asset carrega consigo uma história curiosa logo no seu surgimento. A gestora iniciou suas atividades em 2010 ao comprar a carteira de crédito inadimplente do Lehman Brothers no Brasil por R$ 27 milhões (à época era securitizadora), vencendo a concorrência do BTG e do Barclays. Atualmente conta com mais de R$ 8 bilhões sob gestão.
“Essa oportunidade foi que fez nascer a Jive”, disse Alexandre Cruz, sócio-fundador da Jive Asset, em entrevista ao podcast Outliers. Tinha empresas falidas, tinha empresas em recuperação judicial, empresas que estavam só passando por alguma dificuldade. Créditos maiores, créditos menores, todo tipo de setor, toda região do Brasil. Então foi uma carteira muito rica para gente poder aprender, errar, aprender, errar, aprender, errar”, completou Cruz.
Vale destacar que a receita dos fundos da Jive é proveniente das recuperações que ela consegue nos ativos “estressados”, ou créditos vencidos e de baixa qualidade. Cruz também relata que a Jive possui estruturas complexas dos ativos com qualidade de crédito “péssima” e o arcabouço tecnológico para, ainda assim, obter retornos altos com esse tipo de ativo. Ainda de acordo com ele, o objetivo é que os investidores das carteiras vejam seu capital dobrar a cada cinco anos.
“Dificilmente os fundos da vão dar mais que 28% ou 30% ao ano, e dificilmente eles vão dar menos que 15%”, explicou.
DNA
A gestora é referência no mercado e carrega um histórico de outras três captações institucionais realizadas nos últimos cinco anos de operação, no qual compram crédito corporativo “defaultado”, com preferência para imobiliários. O primeiro Fundo deles, no ano de 2015, está com retorno na faixa de 20% ao ano (261% CDI desde o início). O segundo, em 2018, está com retorno de 17% ao ano (362% desde o início). O mais recente (2020)
ja está com retorno de 12%, que dá um anualizado de 7% ao ano, 196% do CDI desde o início.
Atualmente, dentro da gestora, são cerca de 300 funcionários. Apesar de ser conhecida como gestora, a Jive se considera uma plataforma, pois busca parcerias externas e tecnologia, atuando de ponta a ponta no ativo o que permite uma melhora mais saudável do crédito, além de abrir oportunidades de compra de sociedades e consequentes upsides nos fundos.
“Na nossa visão, esse é um modelo saudável, especialmente quando se tratam de fundos de special situations, pois pode-se investir em diversas empresas via crédito e aproveitar upside de equity caso ocorram eventos de liquidez”, destaca a Jive.
ATIVO
A tese do fundo Bossanova é investir em ativos que estão saindo da zona crítica, onde o risco de crédito é consideravelmente menor, mas ainda há espaço para ganhar dinheiro. O objetivo é comprar ativos de diferentes setores, garantindo uma grande pulverização de emissores, mas trabalhar esses papéis para que performem melhor do que se encontram atualmente.
Vale salientar que o fundo Jive XP Bossanova terá ativos todos feitos dentro da própria gestora, que garante uma maior rentabilidade e controle de riscos.
MOTIVOS PARA INVESTIR
Será um fundo com objetivo de retorno de CDI+4% a.a, baixa volatilidade esperada de cotas, que irá investir em debêntures, debêntures conversíveis FIDCs e securitizações como CRIs/CRAs.
É um produto para investidores qualificados, com liquidez de D+360, ou seja, se o investidor aplicou hoje poderá resgatar no dia seguinte já, tendo o dinheiro de volta para conta em 360 dias.
Os créditos High Yield são uma boa opção para diversificar a carteira com produtos de rentabilidade líquida bastante superior à renda fixa tradicional.
Outro ponto é que a Jive atua no mercado de ativos alternativos distressed para investidores profissionais, gerindo ativos complexos de alto rendimento. O know-how e a expertise financeira, jurídica e tecnológica da Jive na recuperação e gestão de ativos complexos distressed permitem gerir ativos high yield de modo seguro e eficiente.
INVESTIMENTOS ALTERNATIVOS
Como o próprio nome sugere, esses investimentos se apresentam como uma “alternativa” aos investimentos tradicionais como, por exemplo, ações e renda fixa. O mercado de distressed debt, que pode ser chamado de dívida em recuperação, é uma modalidade de investimento alternativo que oferece ao investidor exposição a crédito (dívida) de empresas maduras, em geral de capital fechado, em fase de reestruturação financeira ou que estão passando por dificuldades, mas que pretendem iniciar um processo de transformação e assim voltar a gerar valor para seus investidores.
É fato que não é um processo simples e fácil, mas é exatamente por conta da relação risco-retorno que é possível vislumbrar taxas de retornos atrativas para essa classe. O retorno esperado para essa classe de investimento é elevado, rodando pelo menos entre 20 e 25% ao ano, isso sendo levado em consideração que o gestor tenha avaliado corretamente uma oportunidade, investindo estrategicamente na dívida e se envolvendo em um processo muitas vezes complexo e moroso associado a reestruturação empresarial de uma empresa problemática. A partir disso, é esperado que exista um alto retorno sobre seu investimento que justifique esse risco e trabalho.