Comemora-se nesta terça-feira (8) o Dia Internacional das Mulheres, cujo evento, ao contrário do que alguns enxergam, ainda é visto como uma data romântica, o dia marca a evolução das mulheres em diversos setores da sociedade, a partir de suas lutas e conquistas por espaço em uma sociedade dominada, por muito tempo, pelos homens.
Apesar das mulheres serem a maioria na população brasileira, com 51,1%, elas representam apenas 26,7% do total de investidores na bolsa, de acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos últimos 10 anos, a participação das mulheres no mundo dos investimentos aumentou apenas um ponto percentual – de 25,3%, em 2012, para 26,7%, em 2021.
Nesta data, além de evidenciar os avanços que ainda devem ser almejados, rumo ao empoderamento e equidade social, celebra-se a independência feminina alcançada nos setores políticos, culturais e principalmente financeiro.
Elas, que não podiam votar, viajar sem a permissão do marido e eram até mesmo impedidas de administrar as suas próprias finanças, têm conseguido abrir caminhos e traçar suas trajetórias de protagonismo no mercado de capitais. Por isso, embora sejam inúmeras, a BP Money destacou aqui três das principais mulheres do mercado financeiro brasieliro.
Entendendo que ainda há um longo percurso pela frente, uma vez que o mercado de capitais seja dominado majoritariamente por homens, as mulheres vêm tendo expressivo crescimento no mundo dos investimentos, seja por investimentos via pessoa física e, também como profissionais da área, não só em corretoras e bancos, mas em instituições importantes como bancos centrais e secretarias do tesouro de muitos países, influenciado as decisões o comportamento dos mercados.
Lara Lemann dá a largada no top três mulheres mais influentes do mercado financeiro, sendo a fundadora da Maya Capital, fundo de venture capital que já levantou mais de US$ 40 milhões realizando aportes em diferentes companhias, como NotCo, Trybe e Kovi. A empresária é formada pela Universidade de Columbia em Nova York e participou do programa global de trainees da Ambev em 2016, além de atuar como investidora anjo de 2015 a 2018.
Em seguida, a investidora Ana Karina Borton ganha destaque no ranking por ser CEO do Banco BMG desde janeiro de 2020, antes disso a Mestre em química pela Universidade de Brasília trabalhou na McKinsey & Company, companhia com foco em consultoria empresarial. Para somar ao seu currículo, em 2019 ganhou o selo WOB (Woman On Board), na tradução livre, “Mulheres no Quadro”, da ONU Mulheres. A certificação tem como objetivo caracterizar a participação de mulheres nos conselhos de administração das empresas.
A terceira colocação é encerrada majestosamente, com a ocupação do nome: Cristina Junqueira, a co-fundadora do Nubank. Antes de fazer parte da criação de um dos banco mais valiosos da América Latina, Junqueira passou por diversas empresas, como Itaú Unibanco, Boston Consulting Group e Booz Allen Hamilton. A executiva foi a primeira mulher a aparecer visivelmente grávida na capa de uma revista brasileira de negócios. Além disso, foi reconhecida como uma das “Mulheres mais poderosas do Brasil”, pela Revista Forbes, em 2020.