Descruzamento de ativos

Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) fazem acordo avaliado em R$ 5,5 bi

Tanto a Copel quanto a Eletrobras têm adotado estratégias de racionalização de ativos desde suas privatizações

Copel / Foto: Divulgação
Copel / Foto: Divulgação

A Copel (CPLE6) e a Eletrobras (ELET3) firmaram um acordo estratégico que redistribui o controle de importantes ativos de geração e transmissão de energia no Brasil, em uma transação avaliada em R$ 5,5 bilhões. O pacto envolve a redistribuição das hidrelétricas de Cólider e Mauá, além da transmissora Mata de Santa Genebra, com o objetivo de otimizar os portfólios das duas empresas.

Pelo acordo, a Copel passará a deter 100% do controle da hidrelétrica de Mauá e da transmissora Mata de Santa Genebra, ativos em que já era majoritária. Em troca, a Eletrobras assumirá o controle total da hidrelétrica de Colíder, localizada no Mato Grosso, e receberá um pagamento adicional de R$ 365 milhões.

Tanto a Copel quanto a Eletrobras têm adotado estratégias de racionalização de ativos desde suas privatizações. A Copel, por exemplo, avançou na descarbonização de seu portfólio ao vender ativos como a Compagás, adquirida pela Cosan, e a usina a gás de Araucária, vendida para a Âmbar, além de 13 pequenas usinas, que passaram para a Electra. A companhia também tem focado em crescimento orgânico e em sua área de concessão de distribuição.

Já a Eletrobras, maior empresa de energia da América Latina, busca consolidar ativos estratégicos para fortalecer seu portfólio de geração renovável.

Copel (CPLE6): venda de ativos, JCP e recompra fazem ações disparar

As ações da Copel (CPLE6) fecharam em alta no dia 26 de novembro. O desempenho positivo veio após a companhia anunciar a venda de pequenos ativos, especialmente hidrelétricos, por R$ 450 milhões, além de um programa de recompra de até 129,97 milhões de ações e a distribuição de JCP (Juros sobre Capital Próprio) no valor de R$ 600 milhões, com pagamento até 23 de dezembro.

Os papéis da Copel (CPLE6) encerraram o pregão com alta de 5,27%, sendo negociados a R$ 10,18.

Itaú BBA vê os anúncios como positivos, pois desbloqueiam valor para a companhia e seus acionistas, otimizam a estrutura de capital e aumentam o dividend yield da empresa. Os especialistas projetam um dividend yield entre 7% e 8% referente aos resultados de 2024.