Copel (CPLE6) propõe pagar R$ 970 milhões em JCP

A proposta da Copel será submetida à AGE (assembleia geral extraordinária), que será realizada em novembro deste ano

O conselho da Copel (CPLE6) propôs o pagamento de R$ 970 milhões em JCP (juros sobre o capital próprio), segundo documento  enviado ao mercado nesta quarta-feira (19). A proposta será submetida à AGE (assembleia geral extraordinária), que será realizada em novembro deste ano. 

Ainda no documento, a Copel indica que o pagamento será dividido em duas parcelas: a primeira de R$ 600 milhões, com pagamento previsto para 30 de novembro de 2022, e a segunda de R$ 370 milhões, com pagamento a ser realizado até o final de junho de 2023.

“A distribuição proposta está em linha com a política de dividendos, que tem como objetivo garantir a adequada remuneração de seus acionistas, preservando as diretrizes estratégicas e financeiras da companhia”, informou o documento.

Segundo comunicado, não haverá atualização monetária dos valores creditados a título de JCP entre a data de declaração e a data de efetivo pagamento. 

Sendo aprovada a proposta na AGE, as ações e units da empresa serão negociados ex-proventos a partir de 22 de novembro de 2022.

Copel compra complexos eólicos por R$ 1,8 bilhão

Buscando diversificar o portfólio em fontes de energia renovável não hídricas, a Copel (CPLE6) comprou os complexos eólicos Aventura e Santa Rosa & Mundo Novo, da EDP Renováveis, por R$ 1,8 bilhão. 

Ao todo, são nove parques eólicos em operação, nos municípios de Touros e São Tomé, no Rio Grande do Norte, com 260,4 megawatts (MW) de capacidade instalada. Do total, R$ 965 milhões referem-se ao equity e poderão ser pagos via captação ou com recursos próprios da Copel. 

O restante será completado com financiamentos de longo prazo com vencimentos até 2043 contratados junto ao Banco do Nordeste (BNB) com taxas de IPCA + 2,19% a.a. para o Complexo Aventura e IPCA + 1,98% a.a. para o Santa Rosa & Mundo Novo.

Com o plano de concentrar esforços no negócio central da companhia – geração, distribuição, transmissão e comercialização de energia elétrica – a empresa vem se desfazendo de negócios em telecomunicações. 

O próximo desinvestimento será a venda de 51% da Compagás, distribuidora de gás canalizado do Paraná. A Copel tem previsão de vender também o controle da hidrelétrica Foz do Areia, no último trimestre de 2023. Essa é uma exigência para que a concessão seja renovada e não vá a leilão.