A Copel (CPLE6), ainda no aguaro da aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU), deu início à oferta de suas ações para fins de privatização na terça-feira (25). O valor da operação pode alcançar cerca de R$ 5 bilhões.
No prospecto da oferta, a Copel (CPLE6) deverá incluir um alerta sobre o risco de cancelamento da operação caso não receba a aprovação do órgão federal até a data de definição do preço de venda, prevista para ocorrer na segunda semana de agosto, segundo fontes familiarizadas com o assunto. Embora se espere a aprovação do TCU, os participantes da operação consideram prudente destacar esse risco no documento.
O Tribunal precisa dar o aval para o bônus de outorga a ser pago pela Copel na renovação de concessões hidrelétricas, no valor de R$ 3,7 bilhões. Parte dos recursos captados com a oferta será utilizada para esse pagamento. Em 6 de julho, o ministro do TCU Vital do Rêgo solicitou mais tempo para análise do processo, prorrogando o prazo de votação em 30 dias.
Com a oferta da Copel, o governo do Paraná reduzirá sua participação no controle da empresa de 31% para algo entre 15% e 17%. A expectativa é que a oferta envolva apenas ações ordinárias (ON), que possuem direito a voto, mas têm baixa liquidez devido à concentração nas mãos do Estado.
O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) estará fiscalizando a venda, incluindo a definição do preço mínimo. Foi criada uma comissão especial no órgão para acompanhar todo o processo.
Copel (CPLE6) deve lançar follow-on para privatização até quarta (26)
A Copel (CPLE6) deve lançar sua oferta subsequente de ações, o “follow-on”, entre esta terça-feira (25) ou quarta-feira (26), que visa privatizar a companhia de acordo com o “Valor Econômico”. O lançamento da operação ocorre “coberta”, ou seja, com demanda de investidores âncoras, incluindo estrangeiros, segundo o jornal.
Nesse sentido, a precificação da oferta da Copel, que culminará ao final na privatização, ainda segundo o Valor, deverá ocorrer no dia 8 de agosto. Sendo assim, a companhia aguarda o aval do Tribunal de Contas da União (TCU) até o dia 2 de agosto, que é o prazo regimental para o órgão dar sua opinião referente o valor de R$ 3,71 bilhões definido pelos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda pela outorga das usinas Salto Caxias, Segredo e Foz do Areia, ativos somam 4.176 megawatts (MW) de capacidade instalada.