Copom, arcabouço, cenário estrangeiro: o que acompanhar na semana

A semana será agitada para quem acompanha o mundo dos negócios

A semana será agitada para quem acompanha o mundo dos negócios. A grande expectativa do período no Brasil gira em torno do anúncio, na próxima quarta-feira (21), do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC (Banco Central) que pode, finalmente, trazer a tão esperada redução na taxa básica de juros (Selic). 

Apesar da pressão em cima do presidente do BC, Roberto Campos Neto, especialistas acreditam que a taxa se manterá em 13,75%, embora haja a possibilidade de um indicativo de redução na próxima reunião do grupo, que acontecerá no início de agosto. 

Outro assunto que promete gerar muito burburinho é a votação do novo marco fiscal (arcabouço) no Senado. O projeto está sob revisão do CAE (Comitê de Assuntos Econômicos), e deve passar por alterações. Se alguma mudança for feita, o texto precisará passar novamente pela Câmara dos Deputados, Casa que passa por turbulências com o Palácio do Planalto nos últimos dias.Definido o arcabouço, o Congresso tende a avançar com o texto final da reforma tributária, com promessas de aprovação no mês de julho.

Cenário fora do país

As Bolsas americanas vão estar fechadas nesta segunda-feira (19) por conta do Juneteenth, data que simboliza o fim da escravidão nos Estados Unidos e desde 2021 é feriado nacional. Após o Federal Reserve pausar o ciclo de aperto monetário na reunião da semana passada, as atenções se voltam a discursos de dirigentes do BC americano, previstos para os próximos dias.

Na semana passada, o Banco Central Europeu elevou os juros em mais 25 pontos-base, indicando que o ciclo de aperto monetário ainda não acabou. Na próxima quinta-feira, é a vez do Banco Central da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) tomar sua decisão e a expectativa também é de uma nova elevação, na mesma magnitude, o que elevaria a taxa dos atuais 4,50% para 4,75%.