A Cosan (CSAN3) informou, na quarta-feira (28), que o Itaú Unibanco (ITUB4) investiu R$ 4,1 bilhões em ações preferenciais da Cosan Nove Participações, veículo que passou a deter parte das ações da Raízen (RAIZ4) detidas pela companhia, de acordo com fato relevante.
O total subscrito representa 27% da Cosan Nove, que tem 39% da Raízen, joint venture com a Shell com negócios em produção de açúcar, etanol, bioenergia e distribuição de combustíveis. A operação é um desdobramento do acordo para a Cosan comprar 6,5% das ações da Vale (VALE3).
No anúncio da compra, em outubro, a Cosan estimou necessidade de financiamento de R$ 21 bilhões, sendo R$ 8 bilhões em equity e cerca de R$ 13 bilhões via estrutura de derivativos em até cinco anos, com garantia das ações da própria mineradora.
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Na última semana, a companhia já havia garantido R$ 4 bilhões, após o Bradesco (BBDC4) subscrever 23% do capital da Cosan 10, que tem 88% da subsidiária de gás e energia Compass.
Ainda de acordo com a Cosan, a operação com o Itaú Unibanco não interfere nos direitos como co-controladora da Raízen no acordo de acionistas com a Shell, “que segue inalterado”. A Shell tem 44% da Raízen, enquanto o restante do mercado possui 12%.
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De acordo com o relatório, as alocações de capital da Cosan seguiram um padrão de consistência ao longo dos anos e um novo ciclo de crescimento pode estar quase completo. Contudo, o curto prazo está mais difícil até que a desalavancagem comece.
Os analistas do BTG que assinam o relatório, Thiago Duarte e Pedro Soares, destacaram que a capacidade da Cosan de equilibrar crescimento, diversificação e identificação de bons projetos, mantendo a solidez do balanço, está novamente sendo testada.
