Credit Suisse planeja cortar nove mil funcionários em três anos

Primeira onda de demissões envolve 2,7 mil pessoas que integram Credit Suisse Group

O Credit Suisse Group delineou, nesta quinta-feira (27), seu último plano estratégico em mais uma tentativa de reabilitar sua reputação após uma série de escândalos e trimestres de perdas. Com isso, o banco perderá, em três anos, cerca de 9 mil funcionários. A primeira onda de demissões envolve 2,7 mil pessoas, segundo o “Dow Jones Newswires”. 

O banco suíço disse, ainda, que venderá grande parte de seus negócios de grupo de produtos securitizados para um grupo de investidores liderado pela Apollo Global Management Inc., pretendendo levantar até 4 bilhões de francos suíços, o equivalente a US$ 4,06 bilhões, por meio da emissão de novas ações.

O Credit Suisse também informou que o Banco Nacional da Arábia Saudita se comprometeu a investir até 1,5 bilhão de francos suíços para atingir uma participação de 9,9%.

Ainda, o banco suiço, que possui sede em Zurique, disse que pretende reduzir a base de custos do grupo em 15%, ou cerca de 2,5 bilhões de francos suíços, para cerca de 14,5 bilhões de francos suíços em 2025. O grupo disse ainda que visa fortalecer seus índices de capital, com um índice Tier 1 de 13,5% até 2025.

Além disso, ressuscitará a marca First Boston como um mercado de capitais independente e banco consultivo.

No dia 23 de novembro, o Credit Suisse pretende realizar uma assembleia extraordinária de acionistas. 

Credit Suisse fecha acordo para finalizar caso de fraude

O Credit Suisse Group anunciou na última segunda-feira (24) que chegou a um acordo de € 238 milhões com promotores franceses por um caso envolvendo fraude fiscal. A instituição monetária irá pagar uma multa de € 123 milhões por serviços bancários privados transnacionais históricos, uma devolução de lucros de € 65,6 milhões. Além disso, o banco irá pagar mais € 57,4 milhões.

A companhia suíça também irá pagar uma indenização de € 115 milhões ao Estado francês em danos. De acordo com o Credit Suisse, o acordo com o promotor financeiro nacional da França, o Parquet National Financier, não inclui um reconhecimento de responsabilidade criminal. 

“O banco está satisfeito em resolver este assunto, que marca mais um passo importante na resolução proativa de litígios e questões herdadas”, afirmou o Credit Suisse em comunicado.

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