Credit Suisse anuncia recompra bilionária de bônus e ações

O Credit Suisse anunciou planos de recomprar o equivalente a cerca de 3 bilhões de francos suíços em bônus

O Credit Suisse anunciou, nesta sexta-feira (7), planos de recomprar o equivalente a cerca de 3 bilhões de francos suíços em bônus de sua emissão para economizar em pagamentos de juros, enquanto se prepara para reestruturar suas operações. Nesta manhã, as ações do banco subiam 7,5% na bolsa de Zurique. 

Nas últimas semanas, as ações e preços dos bônus do Credit Suisse sofreram fortes quedas, diante da expectativa de que o banco lançaria novas ações para financiar sua reestruturação. 

No último domingo (2), rumores apontavam que o banco passava por momento crítico também na saúde financeira. Em comunicado, a instituição afirmou que recomprará os bônus em duas ofertas, estimadas em 1 bilhão de euros e US$ 2 bilhões, que serão concluídas até 10 de novembro.

“As transações são consistentes com nossa abordagem proativa de gerenciar a composição geral de nossos passivos e otimizar despesas com juros, e nos permitem aproveitar as condições de mercado para recomprar dívida a preços atraentes”, afirmou o banco, segundo a “Dow Jones Newswires”.

Credit Suisse: FIIs seguem de pé, independente da crise

A fim de tranquilizar investidores após rumores de uma possível crise de liquidez, a gestão de fundos de investimento do banco no Brasil afirmou que os FIIs (fundos imobiliários) listados no País não devem sofrer com o panorama atual.

Segundo fato relevante, arquivado nesta quarta-feira (5), a gestora afirmou que “os resultados e rendimentos dos FIIs do Credit Suisse seguirão suas alocações específicas, no contexto de suas respectivas atividades setoriais, uma vez que os recebimentos de locações, créditos e todos os demais direitos dos FIIs não têm correlação e não são compostos por títulos de emissão do Grupo CS”.

O documento ainda destaca que a desconfiança dos investidores que causou queda das ações do Credit Suisse não deve afetar os fundos imobiliários. “[Os fundos] não são impactados por quaisquer alterações ou oscilações no valor das ações ou dos títulos de emissão do Grupo CS”, disse a gestora.