Cripto, imobiliário e startups: as apostas de Bruno Perini

Para Perini, o segredo para uma rentabilidade acima do mercado é olhar para mercados ineficientes

Criador do Viver de Renda, sócio do grupo Primo e host do podcast Os Sócios, Bruno Perini, em sua palestra no Bossa Summit 2023 nesta quinta-feira (23), contou seu segredo para uma rentabilidade acima do mercado: olhar para mercados ineficientes. Entre os setores, suas apostas são o mercado de criptomoedas, o setor imobiliário e as startups.

Perini explica que mercados eficientes são aqueles que todos estão olhando, por isso há muita informação e muitos participantes, o que torna esses mercados atrativos, mas com uma dinâmica . “No mercado eficiente, é muita gente olhando para a mesma coisa”, disse.

“Mercados eficientes são aqueles que têm muitos participantes. No setor imobiliário, por exemplo, [a negociação] é você com uma pessoa só. Não tem uma plataforma onde você fica dando lances. Com startups também não acontece assim”, disse.

Já em criptos, há muitos participantes comprando e vendendo em plataformas, mas faltam informações e estratégias, o que gera oportunidade e mais rentabilidade. “Um cara que entende de mercado imobiliário, ele consegue 30-40% de retorno em uma negociação”, comentou.

E ainda acrescentou, comparando com a rentabilidade do Ibovespa, onde disse que “o Ibovespa é um índice ruim, não é difícil com uma carteira de cripto você ganhar uma rentabilidade maior [que ele] a longo prazo”.

Como investir nesses setores?

O empresário comenta que não tem como o investidor se especializar em tudo, então o caminho é procurar quem entenda. Em seu próprio exemplo, ele diz que conhece sobre as principais criptos – porque hoje existem mais de 25 mil – então ele mesmo opera nesse mercado.

Já no setor imobiliário, Perini utiliza de sua própria dica e, como não entende do assunto e não tem tempo para aprender, ele tem uma parceria com sua irmã, que entende da área de leilões de imóveis. Assim, ele entra com o dinheiro, ela com o conhecimento e eles dividem resultado.

Com startups, ele misturou os dois caminhos. Quando decidiu investir nesse setor, ele se deparou com muitas empresas querendo fazer parcerias. Para ele, isso não seria vantajoso, visto que, apesar de ganhar o dinheiro, os contratos de parcerias acabavam e era preciso fazer todo o processo novamente. Em busca de virar sócio, ele conheceu a Biscoint.

“O pessoal sempre quer dar dinheiro, mas eu quero equity. Porque é assim, o pessoal faz uma parceria por seis meses e depois vai embora. Aí você tem que ir atrás de outra e de outra, quem está pagando mais. Aí eu pensei ‘não, eu quero virar sócio’. E as grandes corretoras não queriam fazer isso. Aí tinha o Biscoint, que era uma empresa pequenininha, e eu pensei: eu vou investir em startup”, disse.

Na época, deu certo investir sozinho, mas apesar do sucesso do investimento no Biscoint, ele entendeu que precisava diversificar a carteira de startups para “não se dar mal no mercado”. Neste pensamento, ele se juntou com a Bossanova Investimentos para investir nesse setor e, novamente, apostar em mercados considerados ineficientes. “Se você quer ficar acima da média, faz o que a média não faz”, concluiu.

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