O aumento dos preços da conta de luz por conta da crise hídrica é um dos problemas que mais pesam no bolso dos empresários. O setor que comemorava a retomada das atividades econômicas depois do período mais crítico da pandemia, agora busca formas de economizar energia para não ficar no prejuízo.
Segundo estudo elaborado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), nove em cada dez empresários afirmam que estão preocupados com a crise hídrica.
As maiores preocupações dos gestores são o aumento do custo da energia (83% dos que estão preocupados), o racionamento de energia elétrica (63%) e a possibilidade de instabilidade ou de interrupções no fornecimento de energia (61%).
O Brasil possui um dos maiores níveis de insolação do mundo, segundo especialistas a tecnologia de geração de energia fotovoltaica nacional é desenvolvida de modo que cada casa pode ser uma verdadeira usina geradora, no entanto, apenas 1% da energia consumida no Brasil vem da fonte solar.
Neste sentido, as empresas estão começando um movimento de busca por energia renovável investindo em recursos que abastecem energia a partir de fontes naturais.
Ao adotar fontes alternativas de energia, as empresas obtêm ganhos econômicos, reduzem custos operacionais, reforçam o comprometimento das empresas com o desenvolvimento sustentável, atendem às metas governamentais e as inserem no mercado de crédito de carbono.
A Rodhia, empresa do segmento químico e têxtil, tem monitorado o volume dos reservatórios de água que abastecem as fábricas. Desde a última crise hídrica no Sudeste do país, entre 2014 e 2015, a empresa investe em formas de reduzir a captação de água, mesmo com o aumento da produção.
“Mais de 95% do volume de água que a Rhodia capta, devolvemos para o rio a montante, ou seja, no ponto de captação anterior ao que ela retirou do rio, e numa qualidade de água melhor. Portanto, o impacto da empresa no ecossistema hídrico, ele é praticamente nulo”, afirma o diretor de operações da empresa, Guilherme Faria.