Sigilos da Unipar (UNIP6)

CVM julga Barsi nesta terça por suposto 'insider trading' na Unipar

Luiz Barsi Filho está sob suspeita de usar informações privilegiadas

CVM investiga Barsi por suposto 'insider trading'
CVM investiga Barsi por suposto 'insider trading' (Foto: reprodução)

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) julga, nesta terça-feira (26), o megainvestidor Luiz Barsi Filho por alegado uso de informações privilegiadas, conhecido como “insider trading”, envolvendo a Unipar (UNIP6)

A investigação da CVM gira em torno da possível vantagem obtida por Barsi com informações não públicas antes da divulgação de um fato relevante em 2 de junho de 2021. O caso está sendo analisado no processo administrativo 19957.007375/2022-43, iniciado em outubro de 2022.

O julgamento está marcado para às 15h (horário de Brasília), na sede da CVM, no Rio de Janeiro.

O insider trading é considerado uma infração no mercado de capitais e um crime financeiro no Brasil. Ele ocorre quando alguém negocia valores mobiliários com base em informações ainda não divulgadas publicamente para obter lucro ou vantagem no mercado.

O diretor da CVM Daniel Maeda é o relator do caso. A sessão será aberta ao público e poderá ser acompanhada presencialmente ou online através do site da CVM.

Em caso de condenação, as penalidades podem incluir advertência, inabilitação ou multa, que pode chegar até três vezes o lucro obtido ou a perda evitada.

Na agenda de terça-feira (26), também está previsto um julgamento para investigar a possível responsabilidade do escritório Marcello Macedo Advogados, administrador judicial da MMX – Mineração e Metálicos S.A. – Falida, devido à falta de envio de formulário cadastral atualizado e à não entrega de formulário cadastral.

Barsi, o meagainvestidor

Barsi, conhecido como o maior investidor pessoa física da B3, com uma fortuna estimada em R$ 4 bilhões, é membro do conselho de administração da Unipar desde novembro de 2017 e atualmente ocupa o cargo de vice-presidente.

Luiz Barsi tem mais de 10 empresas na carteira, em fevereiro de 2024. Entre elas, estão: Banco do Brasil, Eletrobras, Eternit, Klabin, Unipar, AES Brasil, Cosan, Vibra, Taurus, Suzano e IRB

O meagainvestidor é um proeminente defensor da filosofia de Investimento em Valor, destacando-se como um dos mais notáveis casos de sucesso dessa abordagem no Brasil.

Basri acredita firmemente que, ao investir com uma visão de longo prazo em empresas sólidas, é possível alcançar lucratividade e conquistar a tão almejada independência financeira.

As lições compartilhadas por Barsi têm um valor inestimável para qualquer investidor sério, especialmente para aqueles que buscam construir um patrimônio sólido e duradouro no cenário financeiro brasileiro.

Barsi para a CVM: “nenhuma violação”

Em nota divulgada no final de 2022, quando a investigação veio à tona, Barsi declarou que o processo conduzido pela CVM era um procedimento de apuração, no qual tenho total convicção de que nada de errado foi cometido.

“As operações com as ações ocorreram fora do período de silêncio, portanto lícitas como previsto pela Resolução da CVM nº 44/21; se tratam de valores extremamente imateriais perante minha posição e perante o volume médio diário negociado; e foram operações exclusivamente de compra, como sempre preconizei, portanto, sem evidência de qualquer venda ou lucro auferido”, afirma Barsi.

“Não tenho uma carteira especulativa e nem me respaldo em qualquer informação para aquisição ou venda dos meus ativos, valendo-me sempre dos meus princípios que me guiam desde o início da minha vida como investidor”, completou em nota.