Durante o acumulo de duas décadas o Talibã se reergueu financeiramente e se tornou o mais poderoso empreendimento comercial do Afeganistão.
Segundo um relatório confidencial da OTAN obtido no ano de 2020 pela Radio Liberty, o orçamento do grupo para o exercício de 2019 e 2020 foi de US $1,6 bilhão, o equivalente a R$ 8,4 bilhões na cotação atual, proveniente de fontes diversas, sendo a grande maioria ilícita.
A autonomia econômica é proveniente de todos os setores da economia serem tributados pelo Talibã, através do sistema de dízimo. As atividades são supervisionados por mulá Mohammad Yaqoob, filho mais velho do falecido mulá Omar, um forte candidato à liderança do grupo radical, qualificado como chefe militar.
De acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas da ONU publicado em 2020, o Afeganistão lidera o pódio de maior produtor de ópio do mundo, representando 84% do total.
O Talibã possui monopólio das áreas de cultivo da população, com arrecadação de 10% sobre todas as fases de produção, incluindo também o refino e a distribuição.
Outra fonte lucrativa e competitiva que gera lucro para o grupo é a extração ilegal de minério de ferro, mármore, cobre, ouro e zinco, que capta US$ 460 milhões (R$2,3 bilhões) por ano, com o mesmo modus operandi: a extorsão sobre os negócios em operação.