A Braskem enviou um pedido de oferta de ações onde Petrobras e a Novonor (ex-Odebrecht) irão vender suas participações nas ações preferenciais na empresa. No entanto, a construtora tenta melar o processo de follow-on da petroquímica, segundo rumores do mercado.
O principal motivo se dá pela pressão dos grandes bancos em cima da antiga Odebrecht, já que boa parte dessa venda seria destinada para o pagamento de diversas dívidas construídas ao longo do tempo. Com a necessidade da venda, o mercado abaixou muito o valor da ação, que caiu de cerca de R$ 70 para menos de R$ 48.
A ex-Odebrecht tenta, ao menos, colocar o valor no preço antigo, para que possa embolsar ainda uma quantia considerável em meio às dívidas. Vale destacar que a Braskem antecipou o pagamento de R$ 6 bilhões em dividendos no final de 2021. A bolada equivale a R$ 7,539048791898 por ação preferencial ou ordinária classe “A” (BRKM3 e BRKM5) e R$ 0,606032140100 nos casos dos papéis preferenciais classe “B” (BRKM6).
De acordo com o documento do órgão enviado a CVM no último dia 15, serão oferecidas até 154.886 ações preferenciais da série A da Braskem na B3 e no exterior, sob a forma de recibos desses papéis, as ADRs. Não haverá colocação de lote adicional ou suplementar. Considerando o valor de R$ 52,16 do fechamento da sexta (14), a oferta global movimentaria mais de R$ 8 bilhões.
Vale salientar que, até o momento, a Novonor possui 50,1% do capital votante da Braskem e a Petrobras 47%.