As vendas de aços planos por dia útil dos distribuidores no Brasil registraram recorde em junho de 2024, sendo o melhor desempenho para o mês desde 2015. O movimento motivou o setor a adotar um tom positivo para sua previsão de crescimento de 3% neste ano, conforme dados divulgados pela Inda (Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço) nesta quinta-feira (25).
A venda de aço diário pelos distribuidores no mês somou 16,9 mil toneladas, o montante que representa uma alta de 19% na comparação anual. Em 2015, o volume chegou a 12,3 mil toneladas.
“Junho foi um mês de grande recuperação tanto para as usinas (siderúrgicas) quanto para nós da distribuição”, disse, segundo o “InfoMoney”, o presidente do Inda, Carlos Loureiro.
“Tanto pelo aumento de preços que aconteceram, como por esse clima de eventuais outros aumentos”, acrescentou o executivo, que ainda afirmou que o mercado doméstico de aços planos “está muito firme”.
A afirmativa de Loureiro refere-se ao movimento de antecipação de aquisição de aço que ocorreu no final do semestre antes de entrar em vigor o imposto de importação de 25% sobre produtos que superam cotas criadas pelo governo em abril.
A nova tributação auxiliou usinas a divulgarem aumentos nos preços para agosto, com Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3) aumentando preços de produtos planos.
Energia: distribuidores alegam que regras de concessão elevam custos
A Abradee, associação que representa as distribuidoras de energia, emitiu um comunicado nesta sexta-feira (21), alegando que a publicação do decreto com diretrizes sobre a prorrogação dos contratos de concessão gera estabilidade regulatória e jurídica. Contudo, a organização apontou que o novo texto traz algumas preocupações para o setor.
Segundo a representante das distribuidoras de energia, há “critérios desafiadores, que demandarão mais investimentos e custos adicionais”. As informações são do jornal “Valor”.
O decreto reúne 17 diretrizes e afeta as 20 distribuidoras diretamente – elas atendem a 57 milhões de consumidores – com encerramentos de contratos para o período entre 2025 e 2030. As concessões são controladas por sete grupos importantes para o setor, que respondem a cerca de 60% do segmento de distribuição: Neoenergia (NEOE3), Enel, CPFL, Equatorial (EQTL3), Energisa, Light (LIGT3) e EDP.