A Domino’s fechou formalmente suas lojas na Itália. De acordo com um relatório do Milano Today, a gigante de pizzas não conseguiu conquistar os italianos. Em abril, a EPizza SpA, operadora de franquias da marca na Itália, entrou com pedido de falência após ter sofrido os impactos da pandemia de covid-19.
De acordo com um relatório da Food Service, com o pedido de falência, a EPizza SpA fechou todas as suas lojas Domino’s em 20 de julho.
Segundo o processo judicial, a empresa, com sede em Milão, enfrentou “concorrência sem precedentes” de restaurantes locais que começaram a usar serviços como Glovo, Deliveroo e Just Eat durante o período pandêmico.
“Atribuímos a questão ao nível significativamente maior de competição no mercado de entrega de comidas, tanto com cadeias organizadas e restaurantes ‘caseiros’ que fazem delivery, quanto serviços e restaurantes reabrindo no cenário pós-pandemia e consumidores mais cautelosos com gastos” , afirmou a EPizza, no processo judicial, sobre os problemas da empresa.
Foi concedido à ePizza um período de carência de 90 dias pelo Tribunal de Milão. Durante o período, que se encerrou no início de julho, os credores não podiam exigir o reembolso ou tomar seus ativos. No final de 2020, a empresa tinha cerca de € 10,6 milhões em dívidas.
Ao entrar no mercado italiano, a Domino’s assinou um contrato de franquia de 10 anos com a ePizza, esperando fazer sucesso no país e já planejando introduzir um serviço de entrega de pizza em grande escala e construir até 880 lojas.
Na época, o CEO da Domino’s Pizza, Richard Ellison, que atuava como presidente de operações internacionais, já havia reconhecido a dificuldade de entrar no mercado italiano.
No início de 2020, a dona das franquias da Domino’s administrava cerca de 23 lojas na Itália e mais seis por meio de um parceiro de subfranquia.