A Sea, dona da empresa de comércio online Shopee, demitiu mais de sete mil funcionários, o equivalente a 10% de sua força de trabalho, nos últimos seis meses. As informações foram publicadas pelo site “The Information” nesta segunda-feira (14). A reportagem cita duas pessoas com conhecimento no assunto.
A agência de notícias “Reuters” pediu um comentário da empresa de comércio eletrônico e jogos do sul da Ásia, que suspendeu sua previsão de receita de comércio eletrônico para o ano, mas ela não respondeu.
Já em setembro, a “Bloomberg” informou que a Sea se preparava para demitir 3% dos funcionários da Shopee na Indonésia, como parte de uma onda mais ampla de cortes de empregos regionais destinados a conter perdas crescentes.
No início do mês, a “Reuters” também publicou que a Shopee deixaria a Argentina e fecharia as operações locais no Chile, Colômbia e México, enquanto sua unidade de jogos Garena demitiria centenas de funcionários em Xangai.
Em e-mail interno visto pela “Reuters”, Chris Feng, presidente-executivo da Shopee, escreveu aos colaboradores que a empresa precisava “focar recursos nas operações principais” por conta da “atual incerteza macroeconômica elevada”.
A Shopee confirmou à “Reuters” que “se concentraria em um modelo transfronteiriço no México, Colômbia e Chile, e fecharia na Argentina”.
Shopee ampliou comissão cobrada de sellers no Brasil
A Shopee ampliou em dois pontos percentuais a comissão cobrada dos sellers (dono do produto) em sua plataforma no Brasil. A medida surge após a Sea, grupo controlador da companhia, registrar prejuízo entre abril e junho deste ano.
A novidade foi divulgada por um relatório do Goldman Sachs divulgado nesta segunda-feira (06). O documento afirmou que a Shopee ampliou o take rate – taxa de intermediação nas transações – cobrado dos vendedores de sua plataforma no mercado brasileiro. No plano padrão, a comissão passou de 12% para 14%, enquanto no plano premium, a mudança foi de 18% para 20%.