O grupo 2TM, dono do Mercado Bitcoin, demitiu mais de 100 pessoas nesta quinta-feira (01), de acordo com relatos de ex-colaboradores nas redes sociais. É o segundo desligamento em massa realizado pela companhia nos últimos meses. Em junho, a empresa desligou cerca de 90 funcionários, 12% do quadro de colaboradores na época.
De acordo com apuração feita pelo jornal “Estadão”, sobraram cerca de 500 pessoas no Mercado Bitcoin. As demissões ocorreram a menos de um mês do lançamento de grupos de estudos sobre criptoativos no Brasil, em parceria com a CVM (Comissão de Valores Mobiliário).
Em comunicado, o dono do Mercado Bitcoin lamentou as demissões e afirmou que elas são frutos do cenário macroeconômico de 2022.
Confira abaixo a nota na íntegra:
“Os desafios impostos pela economia global vêm afetando os segmentos de inovação em todo o mundo. No grupo 2TM unificamos nossas marcas e concluimos a integração de empresas adquiridas em 2021, buscando eficiência e sinergia. Mesmo assim a adversidade na economia prossegue, e o ambiente competitivo continua deteriorado e desleal, sem a aprovação do marco legal dos criptoativos, com os players que seguem as leis penalizados frente às empresas que ignoram as regras locais. Nesse contexto, além da reordenação do portfólio e da otimização de custos, foi preciso reduzir aproximadamente 15% do nosso quadro de colaboradores. Lamentamos a perda de cada profissional, e, para tentar reduzir o impacto, vamos oferecer àqueles que nos deixam um pacote que contempla desde a extensão do plano de saúde e auxílio-creche até assistência para recolocação. O Grupo 2TM segue sua jornada para democratizar o acesso aos ativos digitais e construir infraestrutura para a nova economia digital.”
Warren também realizou demissões em massa
O dono do Mercado Bitcoin não foi o único a realizar demissões nos últimos dias. Em 17 de agosto, o app de gestão de investimentos Warren promoveu a demissão de vários colaboradores. A notícia foi dada primeiramente pelo site “Startups”. De acordo com o portal, mais de 50 nomes já constavam na lista de pessoas dispensadas.
Os nomes dos demitidos foram sendo colocados em uma planilha online, que foi atualizada conforme as dispensas estavam sendo divulgadas. De acordo com a reportagem do “Startups”, os cortes se concentraram na área de tecnologia e engenharia de dados. Segundo a página do Linkedin da empresa, a Warren possui mais de 700 colaboradores.
A Warren confirmou as demissões para o portal “Startups”, relatando que os cortes fazem parte de uma “série de revisões de processos e projetos”, o que resultou na reestruturação de diversas áreas do negócio.
Além da área de tecnologia, o setor administrativo, compras e marketing, incluindo a CMO da companhia, Lilian Faria, sofreram com os cortes. Além disso, a diretora da área de educação, Alessandra Chemello, foi dispensada.
De acordo com o “Startups”, a demissão pegou muitos colaboradores de surpresa, sendo que a Warren levantou em julho uma extensão de sua série C de R$ 300 milhões.