Durante a quarentena o habito de comprar online cresceu ainda mais, fazendo com que o impacto do e-commerce tivesse muito mais destaque na América Latina do que em outros lugares do mundo que também passavam pela pandemia do covid-19.
Em um estudo, a Enext, empresa focada em soluções para negócios digitais, trouxe dados de entrevistas feitas com mais de 28 mil pessoas em todo o mundo, o que mostrou um crescimento inédito na América Latina.
A pesquisa constatou que 81% dos consumidores na região enxergam o varejo online como um fator essencial para o seu dia a dia durante o isolamento social, enquanto 72% dos entrevistados confirmaram o mesmo no em outros lugares do mundo.
“Mesmo com um mercado, talvez, menos maduro que em outras regiões, o isolamento social atraiu novos consumidores para o comércio online. Isso provocou um crescimento exponencial na demanda desses canais”, argumenta o CEO Enext, Gabriel Lima.
Os influenciadores na hora de comprar online, para os consumidores latino-americanos, foram os preços e o atendimento prestado pelas respectivas lojas. Por isso, no Brasil, 73% dos entrevistados afirmaram que a conveniência e agilidade da entrega são fatores decisivos na hora de finalizar a compra, tanto quanto os preços. “Ou seja, para o brasileiro, quanto mais rápido o prazo de entrega, mais a decisão de compra se torna atrativa”, confirma Lima.
Baseado no comportamento desse segmento, é possível dizer ainda que os marketplaces, em especial, foram essenciais para captar um novo hábito de compra dos consumidores. Através desses canais, por exemplo, o Mercado Livre (MELI34) se destacou como grande centralizador de atração de público.
O CEO da Enext mostra também que as marcas precisam entender a necessidade de investimento em distribuição, observando as operações DTC – direct-to-consumer, já que os consumidores estão voltando sua atenção em especial para o preço praticado e a agilidade na entrega.
“O consumidor latino-americano já tem esses parâmetros na decisão de compra e claramente esses serão os diferenciais competitivos no varejo online. É notório que os marketplaces subiram a barra de experiência, reduzindo o prazo de entrega. A partir de agora os consumidores não esperam nada, além disso em sua experiência de compra, independente do canal online”, alerta.
Lima ressalta ainda que os Delivery Apps também tiveram destaque na região. O estudo pontuou que atualmente eles se tornaram ferramentas de compras frequentes para 1/3 de seus consumidores que fazem pedidos semanalmente. Dentre eles, 42% usam para comprar alimentos e 12% em farmácia e saúde.
Com o levantamento é possível saber que os consumidores na América Latina são os mais predispostos a obter produtos independente da categoria online, principalmente alimentos e bebidas. Dentro dessa categoria, esses itens possuem uma taxa de rejeição global de 20%, enquanto na América Latina o índice é de apenas 10%.
“Em resumo, o consumidor latino-americano incluiu em seu hábito a compra online. Esse panorama auxilia o comércio eletrônico a operar com boas estratégias independentes da categoria de produtos que vendem”, conclui o CEO.