Nos ultimos cinco anos, a Copel (CPLE6) — conhecida por ser uma boa pagadora de dividendos — fez seu dividend yield girar em aproximadamente 6,48%.
Em setembro, a empresa desembolsou R$ 1,4 bilhão em dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP) e em uma resposta rápida as ações subiram sessão seguinte.
De acordo com o analista da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, é pouco provável que a empresa distribua dividendos absurdos. Isso não descarta a crença de rendimentos atrativos em 2022.
“Para 2022, mesmo que Copel caminhe rumo à uma estrutura de capital mais otimizada, onde sua alavancagem estaria entre 1,5x e 2,5x, o novo estatuto prevê um payout de 50% nesta situação, o que também pode se mostrar bem atrativo”, explicou.
Apesar disso, a corretora estima que a companhia continue distribuindo 65% do resultado em 2022 e dispondo de uma alavancagem inferior a 1,5x.
“Vemos uma companhia capitalizada, com baixa alavancagem e que deverá seguir se mostrando como uma das opções no mercado brasileiro que mais proventos entrega aos seus acionistas”, argumentou Abertman.
Na visão do analista, a Copel segue colhendo os avanços operacionais, financeiros e de governança realizados nos últimos anos.
No caso de transmissão, a principal novidade é volta da empresa ao mundo dos leilões. O analista estima que a venda da Compagás poderá ocorrer ainda em 2022, como também a alienação de parte do BNDES na empresa, “amortecendo desta forma o overhang que contribuí para a estagnação do preço do papel”.
A Ativa tem preço-alvo de R$ 7,5 para os papéis da Copel.