Centro gastronômico de luxo

Eataly perde uso da marca e enfrenta ação de despejo em São Paulo

A decisão foi fruto de uma arbitragem entre o grupo italiano e a operação brasileira, que agora busca reverter a medida

Foto: Eataly/ Reprodução
Foto: Eataly/ Reprodução

O Eataly, famoso centro gastronômico de luxo em São Paulo, está enfrentando sérios problemas legais enquanto se encontra em recuperação judicial. O grupo, que opera a franquia brasileira, perdeu o direito de usar a marca italiana após um processo de arbitragem entre a empresa estrangeira e seus investidores locais.

Em função dessa decisão, a unidade do Eataly em São Paulo teve todas as suas referências à marca original removidas, incluindo o letreiro da fachada do estabelecimento.

Além disso, a empresa está sendo processada por despejo pela Caoa Patrimonial, proprietária do imóvel onde o Eataly está instalado, na Avenida Juscelino Kubitschek, uma das áreas comerciais mais disputadas de São Paulo.

O processo de despejo teve uma série de reviravoltas judiciais, e a ordem para a desocupação foi definida para 21 de janeiro de 2025.

Recentemente, a Justiça autorizou o uso de reforço policial e até a medida de arrombamento para garantir o cumprimento da decisão.

Embora o Eataly tenha conseguido adiar o despejo por enquanto, a situação ainda é incerta e continua a ser monitorada de perto.

Eataly Brasil diz que decisão sobre perda da marca não é definitiva

A operação brasileira do Eataly divulgou, neste domingo (9), que a decisão de perder o direito de uso da marca no Brasil foi tomada em um processo arbitral confidencial e ainda não é definitiva.

Em comunicado, a assessoria de imprensa do Eataly Brasil afirmou que a decisão será reavaliada pelas instâncias judiciais competentes, e que o mérito da questão ainda está em análise.

“A empresa segue rigorosamente a legislação vigente”, afirmou o texto. De acordo com a empresa, o pedido de recuperação judicial se deu com o objetivo “exclusivo de viabilizar a mediação com dois credores não financeiros, garantido uma negociação estruturada e eficiente”, afirma o grupo.

A empresa esclareceu também que essa mudança não afetará suas operações no país, contratos, pagamentos ou compromissos com fornecedores e parceiros comerciais.

A decisão que retirou os direitos sobre o nome Eataly foi fruto de uma arbitragem entre o grupo italiano e a operação brasileira, que agora busca reverter a medida. Na loja de São Paulo, os visitantes já podem perceber a ausência do letreiro na fachada e as tarjas cobrindo as referências à marca no interior do local.