A Educbank, fintech especializada em financiar empresas de educação, anunciou nesta segunda-feira (7) que irá captar R$ 70 milhões por meio de uma debênture para financiar escolas privadas de educação básica.
Segundo o co-fundador da empresa, Caio Noronha, o dinheiro será direcionado ao programa “Inadimplência zero”, que oferece capital de giro para escolas de educação básica do país enfretarem eventuais inadimplências no pagamento das mensalidades.
“A partir do momento em que está operando com o Educbank, a escola não tem mais imprevisibilidade em relação ao fluxo de caixa. Garantimos 100% das mensalidades e assumimos o risco de inadimplência”, afirma Noronha,à Folha de S. Paulo
Atualmente, cerca de 300 escolas já fecharam parceria com a fintech em 25 estados do país.
Como funciona
A escola levanta o valor que teria direito de receber por meio das mensalidades e aloca em um contrato financeiro (recebível). O Educbank, então, utiliza o valor captado com a debênture e compra o recebível em troca de uma taxa de remuneração paga pela escola, que varia de acordo com uma avaliação de risco de cada instituição.
A empresa não informou o montante emprestado às escolas desde o início de suas operações em 2020, mas prospecta alcançar um volume de R$ 1 bilhão em financiamento ao longo dos próximos 12 meses.
“Existem mais de 40 mil escolas no Brasil no segmento privado de educação básica e é um setor muito carente de produtos financeiros”, afirma Noronha, acrescentando que a debênture recém-estruturada é a primeira do mercado de educação básica privada no país.
As debêntures pagam um rendimento de CDI mais 6,5% ao ano e têm prazo de vencimento em 2026. A operação contou apenas com a participação de investidores institucionais, como gestoras de fundos. O Educbank foi assessorado pelo Itaú BBA, Pinheiro Neto, VBSO Advogados e Travessia Securitizadora na operação.