Eletrobras (ELET3;ELET6) pagará R$ 1,3 bilhão em dividendos

A partir do dia 25 de abril, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos

A Eletrobras (ELET3;ELET6) aprovou o pagamento de R$ 1,3 bilhão em dividendos aos acionistas, de acordo com documento enviado ao mercado. A decisão foi anunciada na sexta-feira (22), após Assembleia Geral Ordinária (AGO) ocorrida no final do dia.

Conforme o comunicado da Eletrobras (ELET3;ELET6), o valor a ser pago para as ações preferenciais classe A (ELET5) e B (ELET6) será de R$ 418 milhões. O montante corresponde a um dividendo de aproximadamente R$ 1,99 por ação preferencial classe “A”, e R$ 1,49 por ação preferencial classe “B”. Já para os acionistas de ações ordinárias (ELET3), o valor será de R$ 922 milhões, o equivalente a um dividendo de aproximadamente R$ 0,71 por ação ordinária.

A empresa afirmou, no comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que os valores dos dividendos serão atualizados com base na variação positiva da taxa Selic, desde 31 de dezembro de 2021 até a data do efetivo pagamento, que poderá ser realizado até 31 de dezembro de 2022.

As ações da Eletrobras (ELET3;ELET6) sofreram forte queda na sessão de ontem, recuando 4,95%, afetadas pelo adiamento da privatização da companhia.  Na sexta-feira (22), a presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes, anunciou a concessão de uma vista pelo prazo de 20 dias.

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Privatização da Eletrobras

A Eletrobras (ELET3;ELET6), maior empresa de energia da América Latina, corre contra o tempo para ser privatizada. Dona ou sócia das mais importantes hidrelétricas do Brasil, como Belo Monte e Furnas, a companhia busca captar cerca de R$ 25 bilhões com o processo. Se vingar, será uma das maiores operações na Bolsa na história das empresas brasileiras.

Para consolidar a desestatização, a participação da União na Eletrobras precisa cair de 72% para 45%. Nenhum acionista poderá ter mais do que 10% do total das ações.

A privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6) ainda neste ano é importante para o governo Bolsonaro, uma vez que o presidente foi eleito com a bandeira de redução do Estado, porém não conseguiu finalizar a desestatização de uma grande empresa durante os anos de governo.