Elon Musk completou seu acordo de US$ 44 bilhões para comprar o Twitter (TWTR34) e, como primeiro ato, demitiu o CEO, Parag Agrawal, e outros dois executivos, segundo informações do “CNN Business” nesta quinta-feira (27). Também foram demitidos o diretor financeiro Ned Segal, Vijaya Gadde, principal executivo jurídico e de políticas do Twitter, e Sean Edgett, conselheiro geral.
Assim, Elon Musk encerra uma longa novela que se instalou desde quando concordou em comprar a empresa em abril. Após isso, ele passou meses tentando sair do acordo, primeiro citando preocupações sobre o número de bots na plataforma e alegações posteriores levantadas por um delator da empresa.
Mas a aquisição de Musk e as demissões imediatas de alguns de seus principais executivos agora levantam uma série de novas questões para o futuro da plataforma de mídia social e os muitos cantos da sociedade impactados por ela.
O empresário disse que planeja repensar as políticas de moderação de conteúdo do Twitter a serviço de uma abordagem mais maximalista à “liberdade de expressão”.
Ele também disse que discorda da prática da rede de proibições permanentes para aqueles que violam repetidamente suas regras, levantando a possibilidade de que vários usuários anteriormente banidos possam ressurgir na plataforma.
Musk disse que a plataforma deve ser “calorosa e acolhedora para todos” e sugeriu que o Twitter pode permitir que as pessoas “escolham a experiência desejada de acordo com suas preferências, assim como você pode escolher, por exemplo, ver filmes ou jogar videogames que variam de todos os idades para amadurecer”.
Twitter, de Elon Musk, volta a ser uma empresa privada
O acordo, pelo qual o Twitter se tornará novamente uma empresa privada, aumenta o amplo alcance de negócios de Musk, que também inclui a Tesla, a empresa de automóveis mais valiosa do mundo, e a empresa de foguetes Space Exploration Technologies Corp., ou SpaceX, entre outras empreitadas.
O bilionário que se tornou o maior acionista individual do Twitter, disse anteriormente que pagaria a aquisição principalmente com dinheiro, alguma participação de co-investidores, e assunção de US$ 13 bilhões em dívidas.
A decisão de Musk de prosseguir com a aquisição do Twitter veio duas semanas antes de um julgamento em Delaware começar sobre o acordo paralisado. A juíza que presidiu o conflito legal concordou em pausar o litígio, atendendo a um pedido de Musk de mais tempo para concluir a aquisição. A magistrada deu a Musk até 28 de outubro para cumprir sua oferta, ou disse que agendaria um julgamento para novembro.
Elon Musk se ofereceu em abril para comprar o Twitter por US$ 54,20 por ação — valor mais alto do que a empresa era avaliada na época. Nos meses seguintes, o Twitter enfrentou esforços do bilionário para abandonar o acordo, uma denúncia na qual o ex-chefe de segurança do Twitter acusou a empresa de problemas de segurança e privacidade e negociações malsucedidas de preço.