Em período de crise hídrica, Energia solar se destaca com impacto positivo na economia

Fatores sobre Energia solar pode ajudar também na recuperação da economia brasileira

Em período de crise hídrica
Foto: José Cruz/ Agência Brasil

Com a crise hídrica, que tem sido bastante comentada nos últimos meses depois que o governo decretou, junto ao Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), situação de urgência, o pior em 111 anos, novas alternativas têm sido pensadas para reduzir o reflexo nas contas de luz.

Com o aumento significativo nos valores da energia, muitos consumidores passaram a pensar nos painéis fotovoltaicos, que podem gerar uma economia de 95% no fim do mês.

A Energia solar fotovoltaica é a energia elétrica produzida a partir do calor e da luz solar. Quanto maior a radiação solar nas placas solares, maior será a quantidade de energia elétrica produzida, sendo considerada uma fonte de energia alternativa, renovável, limpa e sustentável.

Apesar de possui um valor de investimento um pouco alto, onde a placa solar de 330 Watts tem um custo aproximado de R$ 849,00 para o consumidor final no varejo, existem benefícios que superam o valor, como:

– Recuperação rápida do investimento, por meio da economia na conta de energia

– Proteção contra aumentos de tarifa

– Maior valorização do imóvel 

– Cooperação com o meio ambiente (energia limpa)

– Alternativa cada mais vez mais atraente e acessível

Com esses fatores, é possível que a energia consiga ajudar também na recuperação da economia brasileira, como aconteceu nas crises de 2015 e 2016, segundo informações da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a fonte cresceu 104% e 125%, respectivamente, ajudando no crescimento econômico. 

Além disso, foi comprovada, pelo estudo da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), que existe influência das renováveis no aquecimento da atividade econômica, o dado aponta que, a cada dólar investido em energias renováveis e em medidas de eficiência energética, é gerada economia de até 8 dólares que seriam gastos para remediar impactos ambientais e sociais do uso de combustíveis fósseis, como mudanças climáticas e poluição do ar. 

A utilização de fontes limpas ainda impacta na geração de empregos. De acordo com o IRENA, elas sejam responsáveis por gerar mais de 42 milhões de postos de trabalho nos próximos 30 anos, sendo metade no segmento solar. O ganho acumulado no Produto Interno Bruto (PIB) global será de US$ 98 trilhões até 2050, como indica a Agência IRENA. 

Atualmente no Brasil
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR),  a energia solar deve subir de 44% na capacidade instalada em 2019, ultrapassando a marca de 3,3 gigawatts (GW) e atraindo ao país mais de R$ 5,2 bilhões em investimentos privados. O faturamento do mercado como um todo deve ter um aumento de 88,3%, em comparação a 2018.

O Brasil também tem bastante potência para explorar a fonte de energia, pois possui dois fatores fundamentais para implantação, o espaço disponível e muita incidência solar, porém, no país, o uso dessa fonte equivale a apenas 1% do total gerado e a produção não chega nem a 2GW. 

Apesar de ainda pouco utilizado pelos brasileiros, o governo vem incentivando e tem ajudado a impulsionar o crescimento desse mercado. Atualmente no Brasil, existem estímulos oferecidos para pessoas e indústrias produzirem energia limpa. Programas do Ministério de Minas e Energia e da Caixa Econômica Federal, por exemplo, que oferecem linhas de crédito e parcelamento para instalação de energia solar em até 20 anos.