De acordo com as projeções da Embraer (EMBR3), o mercado de aviação se prepara para um movimento de recuperação, guiado por tendências que influenciam na demanda por viagens aéreas e entregas de jatos e aeronaves durante os próximos 20 anos.
No balanço do terceiro trimestre de 2021, a Embraer chegou a reduzir o prejuízo líquido em R$ 563,3 milhões em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto isso, o ebitda da companhia alcançou R$ 380,7 milhões no período, ante R$ 1 milhão em 2020.
Na visão a longo prazo, a companhia projeta que o setor aéreo cresça 3,3% anualmente até 2040. Com isso, apenas em 2024, o setor só retornaria aos níveis pré-pandemicos de 2019.
Com base no cenário informado pela empresa, o BTG Pactual reitera sua recomendação de compra para Embraer, com preço-alvo de R$ 26 — potencial alta de 28,40%. O banco acredita que a ação apresenta “opções de valor interessantes”, como o eVTOL, segurança cibernética e aeronaves turboélices.
Para a Embraer, o meio ambiente, a digitalização e a regionalização são as três principais tendências que moldam a demanda futura por viagens aéreas e aeronaves. No cenário ambiental, a companhia sugere que as companhias aéreas irão adquirir frotas com maior eficiência de combustível. No quesito de digitalização, a tendência é representada pelos avanços da tecnologia, incluindo trabalho em casa e videoconferência. Já a regionalização, é traduzida em mudanças geográficas nos parques fabris para reduzir as interrupções na cadeia de abastecimento.
A perspectiva de mercado da Embraer para as próximas duas décadas prevê uma demanda global de 10.900 novas aeronaves, sendo 8.640 jatos e 2.260 turboélices. Esse mercado é estimado em US$ 650 bilhões.
“A recuperação na demanda de jatos e um ambiente de preços mais benigno, propondo uma competição mais amena com a Airbus, deve apoiar uma melhor performance do negócio principal da Embraer”, afirmam Bruno Lima, Fernanda Recchia, Lucas Marquiori e Marcel Zambello, analistas que assinaram o relatório do banco.