A Neuralink, empresa de tecnologia e medicina de Elon Musk, está sendo investigada pelo departamento de agricultura dos EUA por possivelmente violar leis de bem-estar animal. De acordo com documentos obtidos pela agência de notícias “Reuters”, a companhia já matou mais de 1.500 cobaias desde 2018.
Funcionários da Neuralink disseram que muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas se não houvesse tanta pressão por parte de Musk para entregarem resultados rápidos.
A Neuralink vem desenvolvendo um implante cerebral que ajudaria pessoas paralisadas a andarem novamente, além de curar outros problemas neurológicos. No processo, no entanto, os testes foram feitos em animais como porcos, macacos, ovelhas e ratos. As fontes apontaram que vários cobaias morreram e o valor de 1.500 é uma estimativa, já que a empresa não possui registros atualizados sobre as mortes.
Pressa de Musk causou mortes, segundo funcionários
De acordo com a reportagem da “Reuters”, uma das táticas de Elon Musk, também CEO da Tesla (TSLA34) e dono do Twitter (TXTR34), para pressionar os pesquisadores era pedir que imaginassem que tinham uma bomba amarrada em suas cabeças. Ainda, uma das fontes ouvidas disse que Musk também falou em causar propositalmente problemas no mercado para afetar as operações da empresa se não houvesse avanço rápido nas pesquisas.
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Em um dos casos mencionados pelas fontes, 25 porcos morreram em 2021 após terem dispositivos de tamanhos errados implantados em suas cabeças. Segundo os funcionários, maior tempo de preparação poderia ter evitado o erro na pesquisa. Ainda assim, o teste foi refeito em 36 ovelhas, que também morreram.
Em outra situação, em fevereiro deste ano, a Neuralink admitiu que seis macacos morreram por problemas de saúde causados pelos testes.
A empresa ainda não se manifestou sobre as acusações.
No final de novembro, durante evento, Elon Musk anunciou que a Neuralink planeja iniciar testes de implante de chip em cérebros humanos nos próximos seis meses.
