As ações da Tesla(TSLA34) cresciam 2,8% no pré-mercado desta quinta-feira (29) com a confirmação da saída do bilionário Elon Musk, CEO (presidente executivo) da companhia, do governo dos EUA. Musk foi anunciado pelo presidente Donald Trump como chefe do departamento de eficiência governamental no início de seu mandato.
O executivo agradeceu ao presidente pela oportunidade de contribuir com a redução do gasto público no país. O rito de saída começou na noite de quarta-feira (28) com o empresário oficializando sua saída e encerrando um breve, mas turbulento, período na Casa Branca.
A decisão de Musk vem após ele manifestar insatisfação com a aprovação de um grande projeto de lei que permite isenção fiscal a setores da economia e aumenta o déficit no orçamento federal. Segundo o ex-membro do governo, a medida ia de encontro aos esforços dele e de sua equipe no trabalho de enxugar a máquina pública.
Desde o início da presença governamental de Musk, o mercado via com apreensão o desempenho da companhia com a ausência de seu fundador e presidente. A dupla jornada era indicativa para analistas de um menor desempenho na Tesla.
Impacto da saída de Elon Musk
O comportamento do Sul africano também foi responsável pela desvalorização da empresa. Boa parte dos clientes da Tesla estão alinhados com compromisso de preservação ambiental e governança sustentável (ESG), segundo apuração do portal Exame.
As declarações do bilionário no governo republicano causaram animosidades entre a base de cliente da empresa e gerou protestos e desvalorização nas ações da companhia. O retorno de Musk anima investidores que se preparam para um novo rali no mercado de veículos elétricos com o crescimento da chinesa BYD.
O movimento do empresário para concentrar-se mais em suas empresas foi anunciado já em abril e agora ganha reforço com a saída oficial. As ações da Tesla também foram valorizadas graças ao bloqueio das tarifas de Trump, determinada pela corte internacional do governo dos EUA.