Enchentes no RS

Aéreas brasileiras têm perdas com depreciação cambial 

Dentre elas, a Gol (GOLL4) e a Azul (AZUL4), as maiores companhias aéreas do Brasil, passaram por contratempos no segundo trimestre

Aéreas/ Foto: Freepik
Aéreas/ Foto: Freepik

As companhias aéreas brasileiras, que já enfrentaram dificuldades com as altas taxas de juros e a volatilidade dos custos de combustíveis, estão sendo afetadas por mais perdas. Os déficits são decorrentes de uma maior depreciação do real, além dos desafios climáticos que testam a resiliência operacional do setor.

Dentre elas, a Gol (GOLL4) e a Azul (AZUL4), as maiores companhias aéreas do Brasil, passaram por contratempos no segundo trimestre de 2024, devido ao enfraquecimento do real e ao fechamento de um importante aeroporto após as chuvas torrenciais ocorridas durante a semana.

A queda do real ante o dólar, por exemplo (cerca de 11% em 2024), pesou sobre as empresas do setor, que enfrentaram a elevação dos custos de combustível e os altos pagamentos de juros sobre as perdas e dívidas.

A moeda mais fraca aumentou ainda mais os custos de combustível atrelados ao dólar e os pagamentos de arrendamento denominados em dólares no último trimestre.

As enchentes catastróficas de maio agravaram as dificuldades, paralisando o principal aeroporto do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, que se manteve fechado.

“A taxa de câmbio e as interrupções operacionais em Porto Alegre afetaram os custos e a oferta de voos tanto da Gol quanto da Azul, resultando em um impacto negativo em seu desempenho operacional no trimestre”, disse Carolina Chimenti, analista da Moody’s Ratings, de acordo com a “Bloomberg”.

Azul (AZUL4) é principal escolha entre aéreas no 2T24, diz J.P. Morgan

Segundo monitoramento do J.P. Morgan, a Azul (AZUL4) é a principal escolha no setor aéreo, ao lado da Copa Airlines.

No Brasil, as tarifas de lazer do setor desaceleraram no segundo trimestre deste ano (2T24) em comparação anual, enquanto as tarifas corporativas registraram um crescimento significativo em relação ao ano passado.

As tarifas de lazer, considerando quatro rotas, caíram 8% em relação ao ano anterior e 13% em relação ao trimestre anterior. No entanto, em comparação com o segundo trimestre de 2019, houve um aumento médio de 66% para as três empresas listadas, segundo o banco.