A fabricante de pás eólicas Aeris Energy (AERI3) registrou prejuízo líquido de R$ 144,36 milhões no terceiro trimestre de 2025, mais que o dobro do resultado negativo de R$ 53,68 milhões apurado um ano antes.
Na comparação trimestral, houve melhora de 17% em relação ao segundo trimestre, quando o prejuízo somou R$ 174,02 milhões. Segundo a empresa, a base de comparação ainda é impactada pela descontinuidade de três contratos no fim de 2024.
De acordo com o presidente da Aeris, Alexandre Negrão, a redução da demanda por novas pás tem relação direta com o aumento dos cortes de geração eólica por razões sistêmicas (curtailment).
“A companhia enfrenta redução de demanda na fabricação de pás devido à escassez de novos projetos, o que levou à desativação de linhas produtivas já instaladas”, afirmou no release de resultados.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 48,44 milhões entre julho e setembro, revertendo o resultado positivo de R$ 27,39 milhões no mesmo período de 2024.
Frente ao segundo trimestre, o indicador recuou 169,1%, após Ebitda negativo de R$ 18 milhões.
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A receita líquida somou R$ 179,07 milhões, queda de 51,3% em relação ao terceiro trimestre de 2024 e de 26,1% frente ao trimestre anterior.
Operações
No período, a Aeris manteve quatro linhas desativadas e quatro ativas, mas abaixo da capacidade máxima.
As vendas internas caíram 94,9% em base anual, para R$ 15,3 milhões, enquanto as exportações somaram R$ 92,3 milhões, um salto de 1.736,9% sobre igual trimestre de 2024. Em relação ao segundo trimestre, porém, houve leve retração de 2,3%.
O segmento de serviços faturou R$ 52,39 milhões, queda anual de 9,2%, mas alta de 21,6% ante o trimestre anterior. Segundo Negrão, essa frente segue como foco estratégico da companhia, dentro do plano de diversificação e internacionalização das receitas.
No trimestre, a Aeris anunciou a criação de um centro de treinamento nos EUA, com investimento de US$ 100 mil. Os investimentos totais somaram R$ 5,8 milhões entre julho e setembro.
