A Amazon (AMZO34) declarou aos investidores na quinta-feira (1º) que, por ora, os lucros ficarão em segundo plano em relação aos grandes gastos com IA (inteligência artificial).
A Amazon (AMZO34) projeta que seu lucro operacional para o trimestre, que se encerra em setembro, ficará entre US$ 11,5 bilhões e US$ 15 bilhões. Em média, os analistas aguardavam que o montante ficasse em torno de US$ 15,7 bilhões.
Após se concentrar na redução de custos nos últimos dois anos, o CEO, Andy Jassy, está investindo mais para capitalizar o “boom” da IA generativa, que pode criar vídeos, textos e imagens com base em simples comandos do usuário.
A companhia pontuou que a oportunidade representa um “negócio de receita multibilionária”.
A decisão de gastar mais no curto prazo para aproveitar as oportunidades de crescimento no futuro está incorporada ao DNA da Amazon desde que Jeff Bezos fundou a organização, há 30 anos. Os investidores geralmente não gostam desse tipo de estratégia.
“A Amazon sempre teve surtos de investimentos às custas das margens de curto prazo, e parece que eles estão planejando isso para o resto do ano”, disse, de acordo com a “Bloomberg”, o analista da DA Davidson, Gil Luria.
Amazon (AMZO34) se aproxima de US$ 100 bi em caixa
A Amazon (AMZO34) está com uma reserva que deve ultrapassar os US$ 100 bilhões ainda em 2024. A companhia nunca desfrutou de condições tão favoráveis para se unir aos seus pares de megacaps de tecnologia para devolver parte dos recursos aos acionistas. Nessa perspectiva, é discutida por analistas a possibilidade de a empresa romper o limite de dividendos.
A Amazon (AMZO34), fundada por Jeff Bezos, é rica em capital, mas é econômica se comparada com o restante de seus pares do setor, tendo resistido por muito tempo a adotar um programa sustentado de retorno de capital adequado.
Qualquer alteração nesse sentido poderia trazer um bom retorno para as ações, que chegaram a valorizar quase 20% neste ano, superando a alta de 13% do índice Nasdaq 100 no mesmo intervalo de tempo.