Foto: Reprodução
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A Amazon (AMZO34) anunciou a contratação de mais de 13 mil funcionários temporários para o último trimestre de 2025, em preparação para a Black Friday e o período de festas de fim de ano no Brasil. O reforço faz parte da estratégia de expansão da companhia, que abriu 100 novos centros logísticos pelo país ao longo do ano, buscando elevar sua capacidade operacional em um dos momentos de maior demanda do varejo.

O movimento ocorre poucos dias após a empresa confirmar um corte global de até 30 mil funcionários. As demissões, segundo a Amazon, fazem parte de um plano de redução de custos e ajuste de estrutura após as contratações em massa realizadas durante a pandemia, período em que o comércio eletrônico atingiu recordes de vendas.

Apesar do enxugamento internacional, o Brasil segue como prioridade nos investimentos globais da companhia em 2025. A empresa ampliou sua rede logística em ritmo acelerado, inaugurando em média dois centros de distribuição por semana, e dobrou o número de postos de trabalho no país: de 18 mil para 36 mil empregos diretos e indiretos entre 2024 e 2025.

A varejista promete realizar a “maior e mais rápida Black Friday” da sua história no Brasil, com entregas em até 24 horas em diversas regiões. O desempenho esperado é resultado de uma década de investimentos locais, que somam mais de R$ 55 bilhões aplicados em logística, tecnologia, computação em nuvem, geração de empregos e capacitação profissional.

Inteligência artificial como motor da eficiência

A inteligência artificial (IA) ocupa papel central nas operações da Amazon. A tecnologia é utilizada em diferentes etapas da experiência do cliente, das recomendações personalizadas e análise de avaliações de produtos ao planejamento logístico e previsão de demanda.

Globalmente, cerca de 75% dos pedidos entregues pela empresa são influenciados por sistemas de IA. A tecnologia também acelerou a expansão da infraestrutura, reduzindo em até 77% o tempo necessário para implementar novos centros logísticos.

Em julho, o CEO Andy Jassy já havia sinalizado que o avanço da automação poderia impactar o quadro de funcionários.

“É difícil saber exatamente onde isso se refletirá ao longo do tempo, mas, nos próximos anos, esperamos que isso reduza nossa força de trabalho corporativa total, à medida que obtivermos ganhos de eficiência com o uso extensivo de IA em toda a empresa”, afirmou o executivo em comunicado interno.