Os resultados do primeiro trimestre de 2024 da Ambev (ABEV3) pode levar à decepção de investidores, avaliou o Itaú BBA em relatório enviado ao mercado na sexta-feira (5).
Entre os principais pontos de preocupação está o segmento de cerveja no Brasil, que, embora apresente um aumento previsto de 2,5% nos volumes e 3,6% nas receitas por hectolitro (hl), para os estrategistas, não atingiu as expectativas do mercado.
Além disso, o BBA acredita que as expectativas para o mercado internacional também são moderadas, com desafios macroeconômicos persistentes e baixas expectativas para volumes no setor.
A divisão Beer Brazil, embora mostre um trimestre valorizado para volumes, com um aumento projetado de 2,5%, para especialistas, ficou aquem das expectativas para a companhia.
Para o Itaú BBA, a empresa deve fechar o primeiro trimestre com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 6,5 bilhões e uma margem de 33% – queda de 280 pontos base em relação ao trimestre anterior.
Segundo o relatório, apesar de serem improváveis as chances de resultados fracos, um trimestre “sem brilho” pode desencadear um sentimento de que poderia ter sido mais forte.
O BBA tem recomendação neutra para as ações da Ambev, com preço-alvo de R$ 15,00.
Ambev (ABEV3) lucra R$ 4,52 bi no 4º trimestre e recua 10,9% em 2023
A cervejaria Ambev (ABEV3) divulgou seus resultados financeiros do quarto trimestre de 2023, destacando uma queda no lucro líquido em comparação com o mesmo período do ano anterior. No entanto, ao longo de todo o ano de 2023, a empresa registrou um leve aumento nos lucros.
No quarto trimestre de 2023, o lucro líquido da Ambev (ABEV3) foi de R$ 4,52 bilhões, uma redução de 10,9% em relação ao mesmo trimestre de 2022. Para o ano inteiro de 2023, o lucro líquido alcançou R$ 14,96 bilhões, um leve aumento de 0,5% em comparação com 2022.
O Ebitda (lucro antes dos juros) atingiu R$ 7,15 bilhões, um aumento de 0,6% em relação ao mesmo trimestre de 2022. No acumulado do ano, o Ebitda ajustado alcançou R$ 25,45 bilhões, representando um crescimento de 7,1% em relação a 2022.
A receita líquida do quarto trimestre de 2023 foi de R$ 19,98 bilhões, representando uma queda de 11,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, a receita líquida anual de 2023 ficou em R$ 79,73 bilhões, mantendo-se estável em relação a 2022.
A receita totalizou R$ 19,99 bilhões, ficando abaixo das expectativas do mercado, que estimavam R$ 22,14 bilhões conforme compilado pela LSEG.