Na prévia do balanço trimestral da Ambev (ABEV3) relacionado ao terceiro trimestre de 2024, analistas da XP aguardam um resultado com solidez nas operações nacionais, mas um “atraso” nas operações internacionais.
Atualmente, a casa tem recomendação neutra para as ações da Ambev (ABEV3), com preço-alvo de R$ 13,90.
“Estimamos que o volume de cerveja no Brasil aumente em +2% na base anual, mantendo níveis sólidos, embora não empolgantes, apesar dos dados fortes de produção de bebidas. A tendência de premiumização deve continuar e beneficiar a receita líquida por hectolitro, que projetamos aumentar em 4,2% ano contra ano, parcialmente compensada pelo aumento da base do imposto de ICMS”, disse a XP, de acordo com o Suno.
“Refletindo a queda nos preços das commodities, projetamos que a margem bruta se expanda em 100 bps. SG&A enfrentará comparações difíceis, enquanto esperamos despesas de marketing mais altas, e, portanto, projetamos que a margem de EBITDA ajustada se expanda em 60 bps para 34,1%, traduzindo-se em EBITDA ajustado de R$ 3,4 bilhões (+8,1% A/A)”, completou.
Ambev (ABEV3): BBA vê ação com valuation atrativo, mas não o suficiente
Analistas do Itaú BBA atualizaram o preço-alvo para as ações da Ambev (ABEV3), ajustando a previsão de R$ 14 no final de 2024 para R$ 15 ao final de 2025. Apesar dessa revisão, mantêm a recomendação neutra para os papéis da fabricante de bebidas, conforme relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta quarta-feira (4).
Os analistas Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto destacaram que, embora o valuation da companhia pareça mais atraente e ofereça um desconto em relação às médias históricas, esse desconto ainda não é suficiente para alterar a recomendação.
O banco menciona que investidores têm discutido possíveis prioridades para a companhia, como dividendos, recompra de ações ou fusões e aquisições. Os analistas expressam uma preferência pelas duas primeiras opções.
“Se a Ambev gerenciar efetivamente sua estratégia de alocação de capital estratégia de alocação de capital, priorizando o retorno aos acionistas por meio de dividendos e recompras, poderia haver potencial para uma reavaliação. Por enquanto, continuamos cautelosos e preferimos ver mais desenvolvimentos nessa frente”, reforça o Itaú BBA.