A contração no volume de vendas da Skol, uma das marcas mais conhecidas de cerveja no Brasil, está recebendo bastante atenção da Ambev (ABEV3). A empresa colocou a recuperação da marca como prioridade para 2025, como sinalizou o CEO da companhia, Carlos Lisboa, em sua primeira teleconferência desde seu retorno à empresa, nesta quarta-feira (26).
“A queda no volume de Skol não foi compensada pelo crescimento de Brahma e Antarctica, o que levou a uma queda de 1% no volume das cervejas ‘core’ [como são chamadas as marcas mais econômicas] em 2024”, disse o executivo, de acordo com o Valor.
Em seu balanço referente ao quarto trimestre de 2024, a Ambev registrou uma queda de 3,2% nos volumes totais em comparação com o mesmo período de 2023, para 504 milhões de hectolitros, impactada por um cenário desafiador na Argentina e por condições climáticas adversas no Brasil. Além disso, o clima influenciou o consumo de cervejas.
Lisboa também explicou que, no Brasil, a empresa trabalha com três marcas principais, que possuem complementaridade de crescimento, mesmo atuando em diferentes níveis de competição no país.
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“Quando você pensa na Skol, junto da Brahma, elas são duas das marcas mais importantes em termos de volume na Ambev. Muitas das nossas iniciativas foram assertivas e afetaram positivamente Brahma e Antarctica. Esse não foi o caso da Skol. A gente entende que 2024 não foi um ano bom para a marca”, afirmou.
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A Ambev (ABEV3) registrou um lucro líquido de R$ 5,024 bilhões no quarto trimestre de 2024, o que representa um aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, no consolidado do ano, a companhia obteve um lucro de R$ 14,8 bilhões, o que representa uma leve queda de 0,8% em comparação com 2023.
A empresa também destacou que, no trimestre, o lucro ajustado cresceu 7,5% em relação ao ano anterior, alcançando R$ 5,018 bilhões. Esse desempenho positivo foi impulsionado pelo aumento do Ebitda ajustado e por um melhor resultado financeiro líquido.
“O resultado foi parcialmente compensado pelo aumento das despesas com imposto de renda no Brasil, à medida que superamos a depreciação cambial na Argentina em 2023”, disse a Ambev em release de resultados.
