Recuperação judicial

Americanas (AMER3): acionistas aprovam aumento de capital

Também foi aprovado o grupamento das ações ordinárias da empresa, na proporção de cem ações ordinárias para uma da mesma espécie

Lojas Americanas
Foto: Divulgação

A maioria dos acionistas da Americanas (AMER3) aprovou, nesta terça-feira (21), em assembléia geral extraordinária, o aumento de capital social da companhia, no valor de, no mínimo, R$ 12,2 bilhões, e, no máximo, R$ 40,7 bilhões.

O aumento corresponde à emissão de, no mínimo, 9,4 bilhões de papéis, e no máximo, de 31,3 bilhões, ao preço de R$ 1,30 por ação.

Desse montante, R$ 12 bilhões devem vir dos sócios de referência, como já acordado, enquanto os bancos credores devem aportar uma cifra semelhante.

Ainda foi aprovada e emissão de 3,1 bilhões (mínimo) e 10,4 bilhões (máximo) de bônus de subscrição, atribuídos como vantagem adicional aos subscritores das novas ações, na proporção de um bônus de subscrição para cada grupo de três ações subscritas.

Também foi aprovado o grupamento das ações ordinárias da empresa, na proporção de cem para um. A oferta será preparada para lançamento ao mercado.

Com base em dados publicados pela Americanas (AMER3) sem exercício do direito de preferência da base de acionistas, o trio de referência — Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira — deve passar de uma participação atual de 30,1% para 49,3%.

Já os bancos credores sem garantia ficarão com uma posição acionária de 48,2%. Ao se considerar o exercício de 10% do direito de preferência dos acionistas, Sicupira, Lemann e Telles ficariam com 46% da empresa e os bancos credores com 45%.

Americanas (AMER3): remuneração da diretoria vai triplicar em 2024

Em 2024, a atual diretoria da Americanas (AMER3), que está em recuperação judicial desde o ano passado, receberá um total de R$ 72 milhões, incluindo salário fixo e remuneração variável.

O montante previsto para pagamento ao presidente e outros três diretores estatutários foi aprovado durante a Assembleia Geral Ordinária (AGE) realizada em 30 de abril.

Em 2023, durante o ápice da crise na empresa, o total recebido pelos quatro diretores foi de R$ 21,8 milhões. Já em 2022, quando as fraudes e inconsistências contábeis estavam ocultas, a antiga diretoria recebeu um total de R$ 49,6 milhões entre salários e remuneração variável.