Processo

Americanas (AMER3) admite longo prazo para recuperação

As ações da americanas derretiam 29,03% na B3, a bolsa brasileira,  às 12h34 (horário de Brasília), cotadas a R$6,87

Americanas
Americanas/Reprodução

O presidente da Americanas (AMER3), Leonardo Coelho, admitiu que a companhia ainda precisa de vários trimestres para recuperar o crescimento abalado por escândalos de fraude contábil e baixas margens de lucro. “Temos, pelo menos, uns cinco ou seis trimestres pela frente ainda em modo de recuperação”, afirmou o executivo. 

As ações da americanas derretiam 29,03% na B3, a bolsa brasileira,  às 12h34 (horário de Brasília), cotadas a R$6,87. A baixa veio após publicação do balanço da empresa na noite de quarta-feira (27). “Temos que lembrar o tamanho da crise no início de 2023”, disse Coelho ao ser questionado sobre o desempenho da empresa no final do ano passado.

“Sempre dissemos que é um processo longo. Não se consegue fazer uma recuperação que deixe a companhia preparada para o longo prazo acelerando além do que a ela suporta.”, reforçou. Segundo a diretora financeira, Camille Loyo Faria, a empresa tem esperança de deixar o processo de recuperação judicial em fevereiro de 2026. 

A CFO acredita que o prazo é necessário para cumprir “99% do plano”. A ação da companhia chegou a entrar em leilão por oscilação máxima permitida. Faria ainda cita a ausência de efeitos positivos no resultado da empresa como ocorreu no terceiro trimestre do ano passado, quando a companhia reportou lucro líquido de R$10,3 bilhões.

Americanas (AMER3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 586 mi no 4T24

Americanas (AMER3), que está em recuperação judicial, comunicou nesta quarta-feira (26) que reportou um prejuízo líquido de R$ 586 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24), revertendo o lucro bilionário apurado no mesmo período em 2023.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Americanas (AMER3) somou R$ 180 milhões nos últimos três meses de 2024, contra o Ebitda negativo de R$ 1,18 bilhões apurado na mesma etapa em 2023.

Já a receita líquida consolidada foi de R$ 4,3 bilhões, uma contração de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho do quarto trimestre de 2024 deve, especialmente, as maiores receitas originadas do digital e das lojas de conveniência, que, dentro da estratégia de reestruturação operacional de Americanas, perdeu relevância em 2024.

No acumulado do ano, a receita líquida consolidada foi de R$ 14,3 bilhões, uma contração de 2,8% em relação a 2023.