As ações das Lojas Americanas (AMER3) fecharam nesta terça-feira (4) com queda de 12,19%, a R$ 0,36. Na mínima do dia, os papéis chegaram a ser negociados a R$ 0,34.
Ao chegar à sua mínima histórica, as ações das Lojas Americanas (AMER3) acumulam uma contração superior a 97% desde o momento em que a companhia divulgou a identificação de inconsistências contábeis na casa dos R$ 20 bilhões.
Esse anúncio, realizado em 11 de janeiro de 2023, segundo o “Suno”, foi o ponto inicial da deterioração da cotação dos papéis AMER3 na B3 (B3SA3).
Antes desse recuo de 97%, o valor de mercado da empresa era de cerca de R$ 10,8 bilhões, ao passo que o montante atual é de aproximadamente R$ 315,8 milhões.
Embora o movimento tenha ocorrido no início do ano passado, os papéis das Americanas seguiram em derrocada em 2024, após novos desdobramentos da situação da empresa. Considerando o valor mínimo de negociação, a desvalorização acumulada neste ano está em torno de 60%.
Por outro lado, a cotação mínima histórica chegou após uma nova sequência de deterioração da ação. Nos últimos cinco pregões, a queda acumulada foi de 38%.
Americanas (AMER3): leilão de credores com descontos a partir de 73,10%
A Americanas (AMER3), companhia responsável por um dos maiores pedidos de recuperação judicial do País, anunciou que o leilão reverso de credores aceitou propostas com descontos a partir de 73,10% na dívida da companhia, que tem um trio de bilionários como acionistas de referência.
A varejista destinará cerca de R$ 2 bilhões para o pagamento das “propostas vencedoras” do leilão, afirmando que esse montante “não será suficiente para o pagamento integral de todos os créditos”. Assim, somente as dívidas com descontos a partir de 73,11% serão pagas integralmente.
“Os credores habilitados que ofereceram o desconto de 73,10% […] receberão o pagamento de seus respectivos créditos […]de forma pro rata”, afirmou a Americanas, que adiou na semana passada, mais uma vez, a divulgação dos resultados trimestrais de 2023 e dos três primeiros meses do ano.