A Americanas (AMER3), que está em recuperação judicial, comunicou nesta quarta-feira (26) que reportou um prejuízo líquido de R$ 586 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24), revertendo o lucro bilionário apurado no mesmo período em 2023.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Americanas (AMER3) somou R$ 180 milhões nos últimos três meses de 2024, contra o Ebitda negativo de R$ 1,18 bilhões apurado na mesma etapa em 2023.
Já a receita líquida consolidada foi de R$ 4,3 bilhões, uma contração de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho do quarto trimestre de 2024 deve, especialmente, as maiores receitas originadas do digital e das lojas de conveniência, que, dentro da estratégia de reestruturação operacional de Americanas, perdeu relevância em 2024.
No acumulado do ano, a receita líquida consolidada foi de R$ 14,3 bilhões, uma contração de 2,8% em relação a 2023.
O volume de mercadorias da Americanas cai no geral, mas avança nas lojas físicas
No trimestre último do ano passado, o GMV (volume bruto de mercadorias) totalizou R$ 6,5 bilhões, uma redução de 2,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior, ainda impactado pela queda de 47,0% no GMV digital, como indicado a companhia.
Notícias Relacionadas
“A queda ainda relevante no GMV do digital é explicada por uma forte venda de estoque crítico do 1P [estoque próprio] no 4T23, segmento praticamente descontinuado em 2024”, disse a empresa em seu balanço trimestral.
Já o GMV do varejo físico cresceu 7,1% no 4T24 e se tornou ainda mais relevante para o negócio, representando 79% do GMV total (frente aos 72% no 4T23). “Esse resultado se deve principalmente ao bom desempenho dos dois principais eventos do trimestre: a Black Friday e o Natal”, avaliou a Americanas, de acordo com o InfoMoney.
O resultado do lucro físico foi a realização de uma base de comparação mais difícil com o 4T23, destacada a organização, período no qual a Americanas já começava sua recuperação operacional.
No ano passado, o GMV total foi de R$ 21,4 bilhões. No período, o varejo físico também registrou crescimento de 11,9%, enquanto o digital caiu 48,9% em relação a 2023.
