O MPF (Ministério Público Federal) apontou que Anna Saicali, a ex-diretora da Americanas (AMER3), realizou “manobras de blindagem patrimonial” na tentativa de proteger seus bens durante o curso das investigações sobre a fraude contábil da companhia.
Segundo a PF (Polícia Federal), a ex-diretora da Americanas (AMER3) era uma das praticantes do esquema, ao lado de Miguel Gutierrez, ex-CEO da rede de varejo.
Na semana passada, Saicali foi alvo da Operação Disclosure. A executiva, que estava em Portugal, retornou ao Brasil na segunda-feira (1º), após seu pedido de prisão ser revogado.
Ao pedir a prisão da ex-diretora, o MPF declarou que ela era “peça fundamental da engrenagem, concorrendo para os fechamentos fictícios de resultados das empresas”, de acordo com informações do “Valor”.
O órgão declarou que a PF identificou que ela vinha “empreendendo manobras de blindagem patrimonial utilizando-se da empresa Taboca Ventures Participações Ltda”. E que “direcionou grande parte de seu patrimônio, em especial imóveis, para a citada empresa, deixando como remanescente apenas um bem imóvel ao qual gravou como bem de família”.
“Estando o patrimônio adquirido vinculado aos fictícios lucros propiciados pela fraude contábil, é inexorável conectar sua aquisição com o proveito escuso dos ganhos indevidos. Deste modo, para além dos delitos contra o mercado de capitais, apresenta-se, em tese, a prática de lavagem de dinheiro por parte da requerida”, disse o MPF.
Segundo o relatório da PF, a empresa foi aberta em 2018 e tinha o filho da ex-diretora, Antonio Saicali, como sócio.
A investigação também apontou que um único imóvel se manteve no nome de Anna Saicali, situado no Leblon, no Rio de Janeiro.
Segundo as autoridades, a movimentação do patrimônio “não parece ser mera coincidência, já que tudo está a indicar que ela tinha pleno conhecimento da fraude”.
Americanas (AMER3) tem crescimento de 30% no Dia dos Namorados
Durante o período do Dia dos Namorados, entre os dias 7 e 12 de junho, as Lojas Americanas (AMER3) cresceram mais de 30%. Nessa porcentagem, os destaques foram as regiões Norte e Nordeste, com crescimento de 41% e 39%, em sequência.
Na procura de um dos itens mais cotados da época, o chocolate, o departamento de bomboniere da Americanas cresceu cerca de 31%, comparado com o mesmo período do ano passado.
Outro item que chamou atenção foi a venda de PlayStation 5 na Americas. Os números dobraram, ainda na mesma base de comparação, com aumento de 24%. Ao passo que o departamento de telefonia e beleza portátil cresceu 17%.