Blanço trimestral

Ânima (ANIM3) tem prejuízo de R$ 101,5 mi no 4TRI23

Nos números ajustados, as perdas somaram R$ 6 milhões frente a um lucro de R$ 210,7 milhões

Foto: Divulgação
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A Ânima (ANIM3), empresa do setor de educação, finalizou o último trimestre de 2023 com um prejuízo apurado de R$ 101,5 milhões. Enquanto na linha dos números ajustados, as perdas somaram R$ 6 milhões frente a um lucro de R$ 210,7 milhões.

Além disso, o Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – encerrou o 4T23 estimado em R$ 268,6 milhões, um crescimento de 50,4% no trimestre. Já a margem Ebitda subiu 10,5 ponto percentual (p.p.), na mesma base comparativa, de acordo com o “Valor Investe”.

Da mesma forma, os prejuízos foram influenciados pelas despesas financeiras, que subiram 9,5%. No entanto, as bases de comparação foram afetadas pela reversão de ágio de imposto de renda sobre a aquisição da Laureate, no 4T22, que adicionou R$ 375,2 milhões à Ânima, na época.

Número de alunos da Ânima (ANIM3) diverge por setor

Entre outros dados, a alavancagem trimestral foi de 3,2 vezes o Ebitda, igual ao período anterior. Já a geração de caixa cresceu 89,6%, atingindo R$ 252 milhões. A dívida ajustada da companhia somou o valor total de R$ 4,3 bilhões. 

“Ficamos abaixo dos covenants acordados que era de 3,5 vezes. Não quebramos como previam alguns”, disse Marcelo Bueno, presidente da Ânima. 

“Em linha com a sazonalidade do nosso negócio, houve um aumento nominal da dívida líquida entre o quarto e terceiro trimestres de 2023 de R$ 177,8 milhões. Além do pagamento de dividendos a acionistas minoritários de controladas, que implicou em consumo de caixa de R$ 56,1 milhões, a sazonalidade natural do ciclo de negócio implica em consumo de caixa no quatro trimestre”, informou a Ânima.

A empresa encerrou o ano de 2023 com caixa estimado em R$ 130 milhões, menor que os R$ 422 milhões de 2022. A receita líquida teve avanço de 7,2%, a R$ 905,7 milhões no 4T23.

Considerando os clientes, a Ânima finalizou o ano com 205 mil alunos em cursos presenciais, outra queda nos resultados, em 3,9%. No Ensino à Distância o número cresceu 17,8%, enquanto em um dos cursos mais visados, medicina, houve crescimento de 6,4%, com 11,5 mil alunos.