A Apple (AAPL34) registrou um aumento de US$ 180 bilhões em seu valor de mercado após o anúncio de uma trégua tarifária entre Estados Unidos e China, encerrando um período de tensões comerciais que impactava diretamente a gigante de tecnologia. As ações da empresa subiram 6,3% na segunda-feira, 12 de maio, elevando sua capitalização para aproximadamente US$ 3,15 trilhões.
O acordo entre as duas maiores economias do mundo reduziu as tarifas recíprocas de 125% para 10%, proporcionando alívio significativo para empresas como a Apple, cuja produção é majoritariamente baseada na China.
Anteriormente, as tarifas elevadas pressionavam as margens de lucro da companhia, com estimativas apontando uma possível redução de até 7% nos lucros anuais, equivalente a uma perda de US$ 8,5 bilhões em 2026.
Durante coletiva no Salão Oval, o presidente dos EUA, Donald Trump, destacou que a China enfrentava dificuldades econômicas devido às tarifas e que o novo acordo seria benéfico para ambas as nações.
Trump também mencionou conversas com o CEO da Apple, Tim Cook, que teria se comprometido a investir US$ 500 bilhões nos Estados Unidos, incluindo a construção de novas fábricas e a criação de 20 mil empregos.
Impacto da trégua tarifária
Apesar do alívio tarifário, a Apple ainda enfrenta desafios, como tarifas de 30% sobre componentes fabricados na China e de 10% sobre produtos montados em países como Índia e Vietnã. A empresa continua avaliando estratégias para mitigar esses impactos, incluindo possíveis ajustes nos preços dos seus produtos .
O mercado reagiu positivamente à notícia, com o índice S&P 500 subindo 3,26%, impulsionado pelo desempenho das empresas de tecnologia. Além da Apple, a Amazon também se destacou, com suas ações avançando 8,07% .
Cenário comercial complexo
A trégua tarifária representa um momento de alívio para o setor tecnológico, especialmente para empresas com cadeias de suprimentos globalizadas. Analistas observam que, embora o acordo seja um passo positivo, a Apple e outras gigantes do setor ainda precisarão navegar por um cenário comercial complexo nos próximos anos .