Prioridades dos consumidores

Assaí (ASAI3): ‘apostas esportivas afetam consumo’, diz CEO

O executivo destacou que, apesar da estagnação na inflação de alimentos, houve uma queda de 50% no lucro da companhia

Assaí
Assaí (ASAI3) (Foto: Divulgação)

O CEO da rede supermercadista Assaí (ASAI3), Belmiro Gomes, apontou que o mercado de apostas esportivas têm impactado a renda dos clientes e reduzido o volume de compras em supermercados. 

“A gente tem feito várias pesquisas e visto que alguns gastos novos entraram no bolso desse consumidor. Por incrível que pareça, também aparece muito o mercado de apostas esportivas como algo que tira bastante a renda desse consumidor. E ele não tem conseguido retomar os seus volumes de compra”, afirmou teleconferência com analistas do setor.

O executivo destacou que, apesar da estagnação na inflação de alimentos, a empresa registrou um lucro de R$ 156 milhões no segundo trimestre do ano, representando uma queda de 50% em comparação com o mesmo período de 2022. 

Segundo Gomes, a falta de recuperação no volume de consumidores indica que a renda da população está sendo mais direcionada para outras despesas.

Assaí (ASAI3) registra lucro líquido de R$ 343 mi no 4TRI23

Assaí (ASAI3) encerrou o quarto trimestre de 2023 (4T23) com lucro líquido estipulado em R$ 343 milhões. O valor representa um recuo de 26,8%, se comparado ao mesmo período de 2022. A empresa divulgou os resultados na noite desta quarta-feira (21).

Por outro lado, entre os indicadores operacionais, as vendas tiveram alta de 15,6% , com relação ao trimestre anterior. De acordo com o InfoMoney, o Assaí (ASAI3) sentiu o impacto dos juros mais altos e das rendas mais apertadas. Enquanto isso, no conceito mesmas lojas, a empresa cresceu para R$ 28 milhões.

Outra vertente que mostrou alta foi a de volume de venda, com +1,2%, o que levou a um avanço de 1,4% no market share da empresa. Segundo Daniela Sabbag, CFO do Assaí, o crescimento forte de vendas permitiu um crescimento de 0,8 ponto da margem Ebitda da empresa, para 6,1%, também a maior do ano.

“Houve aumento de vendas e controle de despesas e, com isso, a companhia fechou o ano acelerando”, diz. “É um resultado que nos deixa muito satisfeitos, especialmente considerando que foi um período de deflação dos alimentos”, observa a executiva.