"Neutra" para o Carrefour

Assaí (ASAI3): JP Morgan eleva recomendação para "compra"

Segundo o banco, empresas serão favorecidas com a aceleração da inflação dos alimentos no segundo semestre

Assaí Atacadista (ASAI3)
Assaí Atacadista (ASAI3) / Foto: Divulgação

Em relatório a clientes divulgado nesta terça-feira (23), o JP Morgan elevou a recomendação das ações do Assaí (ASAI3) de “neutra” para “compra”.

O banco elevou o preço-alvo das ações da empresa atacadista de R$ 15 para R$ 17,50, o que representa um potencial de valorização de 29% comparada à cotação de fechamento da segunda-feira (22), de R$ 13,56.

Por volta das 10h27, os papéis do Assai (ASAI3) avançavam 1,33%, cotadas a R$ 13,74.

De acordo com os analistas, o Assaí (ASAI3) vem mostrando melhores resultados operacionais apoiados em iniciativas de maturação e eficiência de lojas, além de vendas mesmas lojas maiores em relação ao Atacadão, do Carrefour Brasil (CRFB3), no curto prazo.

Ainda segundo o JP Morgan, os grupos têm repassado os preços aos consumidores finais, acompanhando o IPCA (índice de preços ao consumidor) dos alimentos – até meados de abril -, embora a inflação dos alimentos provavelmente se torne mais favorável a maiores ganhos de margem apenas no segundo semestre de 2024.

Em relação aos papéis do Carrefour Brasil (CRFB3), o banco reiterou a recomendação “neutra”, enquanto o preço-alvo das ações passou de R$ 12,50 para R$ 13 ante fechamento de R$ 11,23.

Próximo às 10h27, as ações da empresa recuavam 0,98%, cotadas a R$ 11,12.

A empresa também deve ser favorecida com a aceleração da inflação alimentar, mas o nível de ruído deverá permanecer elevado devido ao fechamento/conversão de lojas, com visibilidade limitada sobre tendências recorrentes e níveis de margem de médio prazo.

Citi rebaixa Assaí (ASAI3) e remove risco do Carrefour (CRFB3)

A recomendação para as ações ordinárias do Assaí (ASAI3) foi rebaixada de “compra” para “neutra”, pelo banco Citi. Além disso, a equipe também retirou a classificação de alto risco para o Carrefour (CRFB3), seguindo com recomendação ‘neutra”.

Entre as razões para as mudanças, o Citi listou, para o Assaí, os múltiplos atuais de 19 vezes e 13 vezes o P/E (Preço/Lucro), estimados para este ano e o próximo, em sequência, parecem exigentes.

Segundo a equipe, a assimetria ascendente é limitada. Já no caso do Carrefour, o Citi apontou que o valuation também parece exigente. No momento, a varejista espera 20 vezes o P/E para 2024 e 11 vezes para 2025.

“No curto prazo, vemos um risco crescente de menor crescimento das receitas devido à persistente (baixa) inflação alimentar. Vendo como os preços das principais culturas brasileiras diminuíram, acreditamos que a inflação alimentar”, escrevem os analistas em relatório assinado por João Pedro Soares, e Felipe Reboredo.

“Ou seja, o indicador antecedente para as organizações, o crescimento da receita, pode ser menor do que o esperado anteriormente”, completaram.

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