O atacadista Assaí (ASAI3) obteve um lucro líquido de R$ 430 milhões no quarto trimestre de 2024, o que representa um crescimento de 44,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. As receitas também apresentaram aumento de 9,5%, alcançando R$ 20,16 bilhões.
A rede de supermercados Assaí divulgou seus resultados de 2024, com um faturamento de R$ 80 bilhões, marcando um crescimento de 10% em comparação ao ano anterior.
As despesas com vendas, gerais e administrativas totalizaram R$ 1,6 bilhão, um aumento de 11,5%. Já o resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 669 milhões, apresentando uma melhora em relação ao déficit de R$ 736 milhões registrado no período anterior.
O grande destaque, no entanto, foi o aumento da margem de lucro, que alcançou 5,7%, um crescimento de 0,4 ponto percentual em relação a 2023, mesmo diante de uma inflação de alimentos de cerca de 8% ao ano, que impactou o desempenho de outros varejistas.
Esse resultado positivo é atribuído a uma nova estratégia adotada pelo Assaí, que tem investido na diversificação de seus serviços, incluindo empório, açougue e padaria, além da otimização das operações dos hipermercados adquiridos do Extra e um rigoroso controle de custos.
Notícias Relacionadas
Dividendos de R$ 9,1 bi
Vale (VALE3) registra queda de 21% no lucro em 2024, para R$ 31,6 bi
A empresa também anunciou a distribuição de R$ 9,1 bilhões em dividendos, além de um novo programa de recompra de ações
Bases acionárias
Petz (PET3) e Cobasi assinam protocolo definitivo para fusão dos negócios
A transação prevê a fusão dos negócios das duas empresas, com a unificação das bases acionárias
Assaí reduz dívidas e melhora perfil financeiro
Com um total de R$ 12,5 bilhões em dívidas, o Assaí conseguiu reduzir sua alavancagem para 3,04 vezes o Ebitda, uma melhora em relação aos 3,8x registrados em 2023.
Segundo Vitor Fagá, vice-presidente de Finanças e RI da rede, a companhia aprimorou seu perfil de dívida ao captar R$ 6,6 bilhões para quitar vencimentos de curto prazo e antecipar despesas futuras. O prazo médio para o pagamento das dívidas aumentou de 32 para 41 meses.
Para 2025, a meta da empresa é continuar com o foco na desalavancagem, com a expectativa de atingir uma relação de dívida/Ebitda de 2,6x.
“Foi um bom resultado considerando o desafio que tinhamos. Crescemos, desalavancamos e melhoramos a experiência nas lojas”, Fagá comenta.
