IFRS 16 converte alta para queda

Assaí (ASAI3) tem alta de 19,2% no lucro líquido do 1T24, a R$ 93 mi

No período houve um incremento de 19,2% no resultado financeiro líquido da companhia, que ficou com saldo positivo de R$ 510 milhões.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Assaí (ASAI3) reportou um lucro líquido de R$ 93 milhões no primeiro trimestre de 2024. O dado é 19,2% maior que o apresentado nos três primeiros meses de 2023. Contudo, a cifra desconsidera os impactos da norma contábil internacional IFRS 16, que determina novos critérios para contabilização de arrendamentos.

Quando considerado o impacto da IFRS 16, o lucro líquido do período recua para R$ 60 milhões. O valor é 16,7% menor que os R$ 72 milhões registrados pelo Assaí (ASAI3) no primeiro trimestre de 2023, também calculado seguindo a norma.

A empresa encerrou o trimestre com receita líquida de R$ 17,2 bilhões, equivalente à alta de 14,1% na comparação anual. Desta forma, o lucro bruto somou R$ 2,8 bilhões, correspondendo a um crescimento de 2,8%.

No período houve um incremento de 19,2% no resultado financeiro líquido, que ficou com saldo positivo de R$ 510 milhões. A rentabilidade de caixa desabou 62,8%, de R$ 43 milhões para R$ 16 milhões. Já na outra ponta, o custo da dívida aumentou 35%, para R$ 509 milhões.

Além disso, segundo o “Money Times”, o Assaí viu sua dívida líquida crescer para R$ 11,2 bilhões, ante os R$ 8,5 bilhões registrados um ano antes.

Citi rebaixa Assaí (ASAI3) e remove risco do Carrefour (CRFB3)

A recomendação para as ações ordinárias do Assaí (ASAI3) foi rebaixada de “compra” para “neutra”,  pelo banco Citi. Além disso, a equipe também retirou a classificação de alto risco para o Carrefour (CRFB3), seguindo com recomendação ‘neutra”. 

Entre as razões para as mudanças, o Citi listou, para o Assaí, os múltiplos atuais de 19 vezes e 13 vezes o P/E (Preço/Lucro), estimados para este ano e o próximo, em sequência, parecem exigentes. 

Segundo a equipe, a assimetria ascendente é limitada. Já no caso do Carrefour, o Citi apontou que o valuation também parece exigente. No momento, a varejista espera 20 vezes o P/E para 2024 e 11 vezes para 2025.