A rede de atacarejo Assaí (ASAI3) projeta R$ 700 milhões em investimentos para 2026, segundo o comando da companhia em teleconferência de resultados nesta sexta-feira (7). O valor representa uma desaceleração em relação aos desembolsos dos últimos 12 meses, que somaram pouco mais de R$ 1 bilhão, conforme o balanço financeiro.
De janeiro a setembro deste ano, a empresa destinou R$ 460 milhões em investimentos, movimento alinhado à estratégia de conter gastos e reduzir o nível de endividamento em um ambiente ainda marcado por juros elevados.
O CEO do Assaí, Belmiro Gomes, confirmou a manutenção do plano de abrir 10 novas lojas em 2026, número que havia sido revisto em maio, quando a meta anterior de 20 unidades foi cortada pela metade. Segundo ele, a companhia segue focada em preservar rentabilidade e liquidez, sem necessidade de captação de novos recursos no curto prazo.
Em relação à estrutura de capital, o índice de alavancagem, medido pela razão entre dívida líquida e Ebitda, caiu para 3 vezes, ante 3,52 vezes há um ano. A meta é reduzir o indicador para 2,6 vezes até o fim de 2025.
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Apesar de registrar uma leve queda de 1,5% no lucro do terceiro trimestre, a direção da empresa destacou que o desempenho é considerado sólido diante da desaceleração do consumo e da pressão dos juros.
Disputa judicial com o Casino
Durante a apresentação, Gomes também comentou o processo judicial movido contra o grupo francês Casino, aberto em setembro. O Assaí pede o bloqueio das ações do Casino na varejista GPA após ter sido notificado sobre possíveis responsabilidades fiscais do grupo.
Segundo o executivo, o caso está em fase inicial, com as partes sendo ouvidas pela Justiça.
Gomes avaliou ainda como positiva a entrada da família Coelho Diniz como maior acionista do GPA, que agora detém 24,6% do capital, movimento que, na visão do CEO, traz mais estabilidade à estrutura societária do grupo.
