Captação de recursos

Azul (AZUL4): ações disparam mais de 9% após acordo com credores

O acordo e a nova emissão de dívida afasta de vez a possibilidade de uma recuperação judicial, avaliou o Bradesco BBI

Azul
Foto: Divulgação

As ações da Azul (AZUL4) operam com forte alta durante essa segunda-feira (28), após a companhia anunciar que fechou um acordo para captar até US$ 500 milhões com seus atuais detentores de títulos de dívida.

Por volta das 12h40 (horário de Brasília), os papéis disparavam 9,51%, cotados a R$ 9,51, liderando os ganhos do Ibovespa.

Do valor total anunciado, US$ 150 milhões vão ser fornecidos nesta semana e US$ 250 milhões até do final do ano, com potencial para desbloquear US$ 100 milhões adicionais.

Acordos para melhorar o fluxo de caixa da Azul em US$ 150 milhões também fizeram parte da operação, reduzindo obrigações com arrendadores e OEMs (fabricantes de equipamentos originais) nos próximos 18 meses.

Além disso, faz parte do acordo o esforço colaborativo para buscar melhorias no fluxo de caixa de aproximadamente US$ 100 milhões por ano.

Há possibilidade de conversão de até US$ 800 milhões de dívida existente com garantia secundária em ações, condicionada à melhoria de US$ 100 milhões, afirmou a companhia.

Segundo a empresa, isso deve levar a uma redução adicional de juros ao ano de quase US$ 100 milhões.

“Esse acordo fortalece consideravelmente a liquidez e a posição financeira da Azul e cristaliza o acordo previamente anunciado com arrendadores e OEMs”, afirmou a companhia, em nota.

Azul (AZUL4): acordo com credores afasta riscos de recuperação judicial, diz BBI

Bradesco BBI avalia que o acordo e a nova emissão de dívida afasta de vez a possibilidade de uma recuperação judicial e a injeção dos novos recursos vai eliminar necessidades da Azul de levantar mais dinheiro até 2026 e dá flexibilidade à sua liquidez.

O banco afirma que a possível conversão de US$ 800 milhões de títulos em ações também dá alívio às finanças da Azul ao reduzir despesas financeiras em torno de US$ 100 milhões por ano e o fluxo de novos papéis impulsionará suas cotações.

O Bradesco BBI tem recomendação de compra para Azul, com preço-alvo em R$ 20, potencial de alta de 273,1% sobre o fechamento de sexta-feira (25).

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